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Ansiosos pela chegada do 5G, brasileiros nem sabem o que é essa tecnologia

Os consumidores brasileiros estão ansiosos pela chegada da tecnologia 5G. No entanto, um estudo inusitado da IDC Latin America mostra que 36% não conhecem bem como essa conexão funciona. 

Ansiosos pela chegada do 5G, brasileiros não conhecem essa tecnologia. (Imagem: Pixabay)

Por outro lado, 95% dos brasileiros alegam ter algum conhecimento, ainda que mínimo, sobre a tecnologia 5G. O resultado coloca o Brasil bem à frente da média obtida ao analisar os demais países da região, que compõem 75% e demonstram a relevância do assunto no Brasil ultimamente. 

Os dados fazem parte da LATAM Consumer Future of Connectedness Survey. O estudo entrevistou mais de três mil pessoas por toda a América Latina – sendo que deste total, 723 são brasileiros. O propósito é compreender as expectativas dos consumidores em meio à chegada da conexão 5G ao país. 

Na oportunidade, o gerente de pesquisa e consultoria da IDC Brasil, Luciano Saboia, disse que existe uma nítida percepção do público acerca do impacto que a nova tecnologia é capaz de causar na forma como consumimos internet. “Apesar de apenas 36% dos brasileiros dizerem que conhecem bem o 5G, 84% acreditam que ele irá transformar totalmente a maneira como consumimos dados”, avalia.

Potencial da conexão 5G no Brasil 

No que compete ao potencial impacto de transformação que a tecnologia pode ter na vida das pessoas, as atividades relacionadas ao entretenimento se destacam nas expectativas do público.

Para 82% dos brasileiros, o 5G deve transformar completamente o consumo de vídeos em streaming, enquanto 74% concordam que a tecnologia terá grande influência no trabalho (mesmo percentual de quem acredita na transformação das compras online). 

Em seguida, 72% acham que o 5G irá melhorar os jogos, e 71% os estudos. Para Luciano Saboia, foi uma surpresa conhecer as preferências de uso do 5G em tantas rotinas diferentes, considerando que 44% dos entrevistados esperam usá-la em aplicações de realidade virtual e aumentada, tecnologias que demandam software e hardware específicos. “Streaming (39%), vídeos em redes sociais (38%) e games (29%) completam a lista”, contou Saboia. 

O analista da IDC Brasil explica ainda que há também uma preocupação dos consumidores sobre a segurança de seus dados pessoais, e esse número se reflete justamente por dois terços dos entrevistados brasileiros (67%) afirmarem já restringir a utilização de determinados aplicativos em razão do tráfego gerado de dados.

“Os incidentes de segurança em smartphones, já impactaram 15% dos brasileiros e 14% dos entrevistados dos outros países da América Latina. Com mais serviços e mais conectividade, a tendência é que esse número aumente”, diz Saboia.

A pesquisa, realizada entre o fim de abril e começo de maio, revela também que atualmente 85% dos consumidores brasileiros que exercem alguma atividade profissional são responsáveis pelos seus próprios planos móveis, apesar de 67% terem aplicativos de trabalho instalados em seus aparelhos pessoais. Apenas 7% dos planos de telefonia são pagos por empregadores e 4% por terceiros.

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