Covid: novas variantes ainda mais letais ameaçam o Brasil

Laura Alvarenga

29 de abril de 2022

Apesar de várias localidades do país já terem liberado o uso de máscara facial de proteção, item que por quase dois anos se tornou um acessório obrigatório, ela poderá voltar para a rotina do brasileiro. Isso porque um estudo realizado pelo Instituto de Ciências Biomédicas e o Instituto de Química da Universidade de São Paulo identificaram a existência de uma variante ainda mais letal da Covid.

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Covid: novas variantes ameaçam o mundo

Covid: novas variantes ameaçam o mundo. (Imagem: Pixabay)

O alerta foi emitido por uma das autoras do estudo, Cristiane Guzzo, durante uma entrevista concedida à revista Galileu. Na oportunidade, ela deu a seguinte declaração:

“Estamos em uma situação confortável para os próximos meses, quando a imunidade induzida pelas doses de reforço das vacinas e pela grande disseminação da variante ômicron ainda estará alta”. 

Mas, depois, a tendência é que as pessoas comecem a se infectar novamente e ficaremos sujeitos ao surgimento de variantes ainda mais contagiosas e fortes do que as já conhecidas, o que diminui a eficácia das vacinas.

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Relevância da vacina da Covid

Portanto, é importante estar ciente sobre a duração da imunidade fornecida pelas vacinas desenvolvidas a caráter de emergência. Não é à toa que as as vacinas contra a Covid aplicadas na população atualmente requerem a aplicação de mais de uma dose, justamente para a proteção das variantes existentes. 

No entendimento da pesquisadora, como não há meios de previsão da evolução da pandemia e do comportamento de novas variantes, todo cuidado é crucial para evitar a disseminação do vírus. 

Porém, visando aprimorar cada vez mais o entendimento sobre o tema, a pesquisa já reúne dados oriundos de mais de 150 artigos a respeito da Covid, analisando as várias facetas das mutações, capacidade de burlar o sistema imunológico, a transmissão e a eficácia das vacinas. 

Conforme apurado, as mutações do Sars-CoV-2 afetam, sobretudo, a região N Terminal [NTD] da proteína, visando o impacto na capacidade dos anticorpos de reconhecimento do vírus.

Outro fator interessante é a capacidade de transmissão do vírus, tendo em vista que 7,7% das mutações afetam a região de interação entre a proteína spike e o receptor ACE2 das células com o propósito de elevar a capacidade de contaminação, enganando o sistema imunológico para que a Covid não seja reconhecida, reduzindo a proteção oferecida pelas vacinas. 

A descoberta está diretamente associada ao aumento de casos junto ao recorde de mortes na China, indicando a chegada de uma nova onda da pandemia da Covid. Neste cenário, a principal causa será a adaptação das novas variantes ao organismo humano para fomentar o ritmo de transmissão, que pode ser adiantado em até dois dias por meio da variante Delta em comparação à cepa original do vírus. 

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Laura Alvarenga
Escrito por

Laura Alvarenga

Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR e Bit Magazine, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças e tecnologia.