Esses microplásticos podem estar no seu pulmão agora

Hugo Cruz

7 de abril de 2022

Um estudo publicado na revista Science of the Total Environment por cientistas da Universidade de Hull, no Reino Unido, identificou pela primeira vez que microplásticos são encontrados pela primeira vez no pulmão de pessoas vivas, em amostras de tecido pulmonar saudável retiradas durante cirurgia.

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Microplásticos são encontrados pela primeira vez no pulmão de pessoas vivas

Microplásticos são encontrados pela primeira vez no pulmão de pessoas vivas. Imagem: Pexels

Análises anteriores só haviam encontrado partículas em autópsias. Das 13 amostras analisadas, 11 confirmaram a presença de partículas plásticas. Análises anteriores só haviam encontrado partículas em autópsias.

Amostras de tecido foram coletadas de 13 pacientes, dos quais polipropileno para embalagens plásticas e bisnagas e PET para garrafas foram encontrados em 11 das amostras.

A quantidade de microplásticos surpreendeu a equipe. Ninguém esperava encontrar o maior número de partículas na região inferior do pulmão, ou o tamanho encontrado (menos de 0,003 mm).

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Os microplásticos foram detectados pela primeira vez no sangue humano em março, sugerindo que as partículas podem viajar pelo corpo e permanecer nos órgãos.

Microplásticos são encontrados pela primeira vez no pulmão de pessoas vivas: a poluição é o vilão

A poluição por microplásticos é cada vez mais comum, e as análises comprovam que as pessoas não apenas inalam partículas minúsculas, mas também as consomem por meio de alimentos e água.

Os efeitos na saúde ainda são desconhecidos, mas “esses dados levam a avanços importantes na poluição do ar, microplásticos e saúde humana”, disse o cientista.

Em 2020, foi confirmada pela primeira vez a presença de microplásticos na placenta humana – o que atraiu grande atenção da comunidade científica.

Com a presença de plástico no corpo, o sistema imunológico fica perturbado, reconhece como “eu” (“ele mesmo”) até que não seja orgânico. É como dar à luz um bebê robô: não mais apenas células humanas, mas biológicas e mistura de entidades inorgânicas.

Microplásticos encontrados na placenta humana causam ‘extrema preocupação’

Mesmo antes da descoberta, algumas investigações mostraram coisas igualmente ruins. Por exemplo, os cientistas observaram que os efeitos potenciais do lixo no feto incluem a redução do crescimento fetal.

Os cientistas dizem que este é um problema “muito preocupante”. A presença de microplásticos na placenta humana foi confirmada pela primeira vez por uma pesquisa realizada pelo Hospital Fate Bene Fratelli de Roma e pela Universidade Politécnica de Marche, publicada na revista científica internacional “Environmental Internationale”.

Com a presença do plástico no corpo, o sistema imunológico fica tão perturbado que o reconhece como “eu” (em si) mesmo que não seja orgânico. É como ter um bebê robótico: não apenas células humanas, mas uma mistura de entidades vivas e inorgânicas.

Os efeitos do material na saúde ainda são desconhecidos. Mas os cientistas dizem que eles podem estar carregando produtos químicos que podem causar danos a longo prazo ou interromper o desenvolvimento do sistema imunológico do feto. Essas partículas provavelmente serão consumidas ou inaladas pela mãe.

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Hugo Cruz

Redator Profissional, Comunicador Social e especialista em Produção de Conteúdo Web. Formado em Letras - Inglês e Administração. CEO da Agência Digital Comunicalize.