Ex-diretor se arrependeu da venda do WhatsApp ao Facebook e motivo é revelado

Raio de Luar Mello

9 de maio de 2022

O indiano Neeraj Arora confessou, oito anos depois de intermediar a venda do WhatsApp para o Facebook, que se arrependeu de ter ajudado na transação do negócio.

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Rússia bloqueia Facebook (Imagem: Reprodução/Pixabay)

Rússia bloqueia Facebook (Imagem: Reprodução/Pixabay)

A venda, que foi realizada em 2014, custou em média US$ 22 bilhões e atualmente o WhatsApp é a segunda maior ferramenta ligada ao Facebook.

Em 2009, o mensageiro foi fundado por Jan Koum, o ucraniano-americano e pelo americano Brian Acton. O aplicativo concedia uma comunicação universal entre os usuários pagando 1 dólar para baixa-lo na época.

“Ninguém sabia, a princípio, que o Facebook se transformaria em um monstro de Frankenstein devorando dados de usuários. Hoje, o WhatsApp é a segunda maior plataforma do Facebook (ainda maior que o Instagram ou o FB Messenger). Mas é uma sombra do produto em que colocamos nossos corações e queríamos construir para o mundo”, declarou Aurora em tweets postados nesta semana. “Para pessoas como eu com parentes em vários países, o WhatsApp foi uma forma de se manter conectado, sem pagar SMS de longa distância ou taxas de ligações”, continuou.

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Segundo Arora, no início das negociações o Facebook aceitou algumas condições importantes para os fundadores do WhatsApp, como não  usar informações do usuário para mineração de dados como forma de explorar dados à procura de padrões consistentes e não publicar anúncios ou realizar rastreamento entre plataformas.

Mark Zuckerberg descreveu os serviços do WhatsApp como “incrivelmente valiosos”

O criador do Facebook recordou na época que a ferramenta era “uma oferta que parecia uma parceria”, baseada em “suporte completo de criptografia de ponta a ponta, sem anúncios, total independência nas decisões de produtos e uma vaga no conselho para Jan Koum. Mas não foi bem o que aconteceu entre 2017 e 2018”, declarou.

O Facebook acabou sofrendo os impactos quando descoberto que as informações de mais de 50 milhões de pessoas foram utilizadas sem o consentimento delas pela empresa americana Cambridge Analytica para fazer propaganda política.

Brian Acton, cofundador do WhatsApp publicou em 2018, em sua conta pessoal, um tweet como forma de apoiar a condenação contra o Facebook ter autorizado que a consultoria britânica Cambridge Analytica coletasse dados de milhões de usuários da rede social sem seu consentimento.

“As empresas de tecnologia precisam admitir quando fizeram algo errado”, postou Neeraj Arora neste ano dizendo também que ele não é o único que lamenta a transação.

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Raio de Luar Mello

Jornalista por formação e fotógrafa. Fiz uma especialização em Marketing e já atuei nas áreas de assessoria de imprensa e comunicação, produção de conteúdo, gestão, comunicação interna, copywriter e redação. "Penso, logo escrevo!"