Funcionários se irritam com dona do Facebook e querem pedir demissão; entenda

Leandro Kovacs

23 de março de 2022

Quem não acredita que o bom andamento da sua empregadora afeta os planos dos funcionários, está enganado. Os funcionários da Meta pedem demissão após queda de ações. Atitude não é muito comum, até agora, mas os detalhes por trás da decisão dos trabalhadores da dona do Facebook você entende no texto abaixo.

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Binóculos observando logo do Facebook (Imagem: Glen Carrie/Unsplash)

Todos estão de olho no futuro da empresa, insiders e funcionários concorrentes (Imagem: Glen Carrie/Unsplash)

Reflexo no Facebook leva funcionários empresa a pedir demissão

A iniciativa está partindo de funcionários que possuem ações da empresa atreladas aos seus ganhos, mas a atitude não está restrita a eles. Já não é novidade que o Facebook e Instagram, empresas do grupo Meta, estão sofrendo duros golpes vendo suas ações sofrerem as maiores quedas registradas em seu histórico no mercado.

E isso passou a influenciar a decisão de continuar trabalhando na organização ou deixa-la, segundo o NY Post, “as ações do Facebook e do Instagram, a Meta, caíram mais de 40% nos últimos seis meses.”

O problema é grave e de fácil identificação quando olhamos os valores de cada ação, antes e depois da queda. O preço das ações caiu de uma alta, onde estavam avaliados em mais de 380 dólares em setembro, para 216,49 dólares na última na sexta-feira.

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O início dos problemas do Meta no mercado

O drama do grupo empresarial teve início no fim do ano passado, quando escândalos envolvendo vazamentos de dados dos usuários, vieram à tona. A partir desse momento, organizações governamentais começaram uma verdadeira “caça as bruxas” em suas investigações sobre as operações do Facebook e Instagram.

Todo esse burburinho político leva, inevitavelmente, à quebra na confiança das operações da empresa mediante o mercado. Como consequência — assim como em qualquer outra empresa —, passa a afetar diretamente o valor de suas ações nas bolsas de valores.

Um gestor de engenheiros de software, Michael Solomon, em entrevista ao jornal americano, apresentou sua visão sobre essas movimentações:

“As pessoas estão definitivamente prestando atenção e preocupadas com o preço das ações. Suponho que muitos têm dúvidas sobre se o Meta vai sair dessa — ou se este poderia ser o começo do fim para eles.”

Por que funcionários desistem da Meta

É interessante lembrar as relações com determinados cargos nas empresas do gênero. Normalmente, são profissionais em cargos de alta responsabilidade e de amplo conhecimento sobre suas funções. Pagar tudo em dinheiro para estes trabalhadores seria uma enorme despesa.

 

“Quando os engenheiros de software se juntam a empresas como Meta, Google ou Amazon, sua remuneração normalmente consiste em uma mistura de cerca de 50/50 de dinheiro e ações, com funcionários de nível básico recebendo uma maior quantidade de dinheiro e trabalhadores mais experientes recebendo mais estoque em ações”, avalia o NY Post.

Apesar de ser vantajoso ingressar nestes termos, fica suscetível a queda nos valores das mesmas. Esse cenário, pode ser interessante para funcionários de outras empresas ingressarem na Meta com uma quantidade ainda maior de ações, apostando na retomada da empresa e ampliando significativamente seus ganhos.

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Leandro Kovacs
Escrito por

Leandro Kovacs

Leandro Kovacs é jornalista e radialista. Trabalhou com edição audiovisual e foi gestor de programação em emissoras como TV Brasil e RPC, afiliada da Rede Globo no Paraná. Atuou como redator no Tecnoblog entre 2020 e 2022, escrevendo artigos explicativos sobre softwares, cibersegurança e jogos. Desde então, atua como editor no Grupo Gridmidia.