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Governo da Rússia gasta milhões para driblar restrições na internet

Desde o início da guerra contra a Ucrânia, o Governo da Rússia sofre os efeitos das restrições e demais medidas adotadas por países contrários à atitude do país. Um deles consiste nas restrições na internet, cujo acesso foi dificultado em território russo. 

Governo da Rússia gasta milhões para driblar restrições na internet. (Imagem: Divulgação/Alexander Nemenov)

Desde então, o Governo da Rússia precisou recorrer aos serviços da rede privada virtual, os VPNs, para manter a conexão. Até o momento, 236 contratos já foram firmados de acordo com um levantamento do Top 10 VPN. A apuração teve o intuito de verificar o banco de dados oficial de compras públicas do mais, que hoje conta mais de 807 mil rublos, o equivalente a R$ 61 milhões. 

Os gastos das agências governamentais com serviços VPN visam driblar as restrições na internet. Destacando que as limitações na conexão foram impostas pelo próprio presidente da Rússia, Vladimir Putin. De acordo com os pesquisadores do TOP 10 VPN, os gastos se concentram principalmente, da seguinte forma:

“Funcionários e empresas estaduais podem ter se voltado para softwares VPN para manter o acesso a meios de comunicação internacionais, publicações financeiras locais e plataformas de redes sociais”, diz o texto da pesquisa.

Se os gastos forem distribuídos por regiões, instituições estatais e empresas de concessões públicas, nitidamente, Moscou é a localidade com os maiores registros de gastos. Observe a relação:

Uso dos VPNs pelo Governo da Rússia 

Com frequência, as empresas e entidades recorrem aos VPNs para viabilizar a estabilidade no trabalho remoto e promover melhorias na cibersegurança. Em contrapartida, a depender da configuração, é possível obter um endereço de IP estrangeiro para ocultar restrições de conteúdo. 

É o que acontece no Governo da Rússia atualmente, onde a maior parte dos cidadãos se posicionaram a respeito do bloqueio governamental após o conflito com a Ucrânia. A principal medida adotada foram os downloads de aplicativos de VPN. No auge, a demanda por serviços deste tipo teve um aumento de 2,7% em relação aos tempos pacíficos. 

Entretanto, o Top 10 VPN também apresentou a real situação que se tornou um paradoxo. Tudo começou no dia 15 de março, quando o Roskomnadzor, órgão governamental responsável por reagir aos meios de comunicação e tecnologia de informação no país, confirmou uma variedade de esforços no intuito de bloquear o acesso a sites como o Twitter e o Facebook. 

Vale mencionar que o próprio porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou o uso de VPC para acessar esses mesmos sites. Na prática, ocorre a construção de um cenário ambíguo, no qual existe o acesso à internet, embora não seja uma ação legal.

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