ISS pode ser derrubada após Guerra na Ucrânia; entenda

Hugo Cruz

2 de março de 2022

derrubar a Estação Espacial

Imagem: Centro Espacial Johnson/Divulgação

O conflito entre a Rússia e a Ucrânia pode escalar até o espaço, levantando dúvidas sobre a Estação Espacial Internacional (ISS), que pode estar em risco. O laboratório é um símbolo de cooperação internacional pós-Guerra Fria, abrigando astronautas americanos da NASA e cosmonautas russos que convivem e trabalham lado a lado.

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Agora, a estação espacial foi assunto de vários posts feitos no Twitter de Dmitri Rogozin, chefe da agência espacial russa. Ele fez ameaças de que as sanções dos EUA causariam a destruição da cooperação entre as duas nações resultando na ISS caindo à terra.

Se você bloquear a cooperação conosco, quem salvará a Estação Espacial Internacional (ISS) com uma órbita descontrolada de cair nos Estados Unidos ou… na Europa?“, disse Dmitry em seu perfil no Twitter.

A ISS é resultado de uma cooperação histórica entre Estados Unidos, Canadá, Japão, Europa e Rússia e atualmente se divide em dois segmentos orbitais: um controlado pela Rússia (responsável pela propulsão que mantêm a órbita da ISS) e o outro controlado pelos EUA (responsável pela eletricidade e sistemas de suporte vital).

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Há também a possibilidade de uma estrutura de 500 toneladas cair sobre a Índia e a China. Você quer ameaçá-los com tal perspectiva? A ISS não sobrevoa a Rússia, portanto todos os riscos são seus. Você está pronto para eles?“, questionou o chefe da Roscosmos.

A ameaça se torna ainda mais clara quando ele diz que a ISS não sobrevoa grande parte da Rússia, mas sim o território americano e o resto da Europa.

NASA responde às ameaças

A resposta da NASA veio em forma de uma declaração onde disse que “continua trabalhando com todos os sócios internacionais, incluindo a Agência Espacial Federal Roscosmos, para as operações seguras em andamento da Estação Espacial Internacional”.

Segundo ela, as sanções do governo Biden à Rússia não afetam a cooperação espacial entre os países. Garrett Reisman, ex-astronauta da Nasa,  disse em nota à CNN que “o segmento russo não pode funcionar sem a eletricidade do lado americano, e o lado americano não pode funcionar sem os sistemas de propulsão que estão do lado russo“.

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Hugo Cruz

Redator Profissional, Comunicador Social e especialista em Produção de Conteúdo Web. Formado em Letras - Inglês e Administração. CEO da Agência Digital Comunicalize.