Teremos mais “postos” de carros elétricos nas ruas! Marcas conhecidas entram no jogo

Laura Alvarenga

28 de junho de 2022

A LG Electronics anunciou a aquisição da AppleMango, empresa sul-coreana especializada no desenvolvimento de carregadores para carros elétricos. A investida empresarial visa disputar no mesmo patamar que as demais empresas já consolidadas na área. 

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LG é a nova investidora em carregamento de carros elétricos

LG é a nova investidora em carregamento de carros elétricos. (Imagem: Pixabay)

A aquisição se tornou possível com o apoio da GS Energy, uma operadora de estações de carregamento de carros elétricos. A GS Neotek, fornecedora de TI também tem participação nesta transação, possibilitando que a LG desfrute das futuras oportunidades de negócio. 

Segundo o TechCrunch, um comunicado do vice-presidente sênior da LG Electronics, Paik Ki-mum, declarou a expectativa em torno do crescimento ágil do mercado de carregamento de carros elétricos. O anseio está diretamente ligado à alta demanda de veículos ecológicos

“Aproveitando nosso know-how e experiência no setor B2B, oferecemos soluções personalizadas e integradas de carregamento de veículos para diversos clientes, aumentando a competitividade dos nossos existentes e garantindo nossa prontidão para oportunidades futuras”, declarou. 

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A parceria entre as partes foi distribuída da seguinte forma: 

  • LG Eletronics com 60% da participação; 
  • GS Energy com 34% da participação;
  • GS Neotek com 6% da participação.

Essa união tornará a AppleMango a nova subsidiária da LG Electronics assim que o acordo for firmado, tendo em vista que até o momento as empresas não divulgaram os termos financeiros deste novo negócio. Relatório obtido pela mídia local aponta que a aquisição recebeu um investimento aproximado de US$ 7,8 milhões

Ascensão do mercado de carros elétricos no Brasil e no mundo

O setor de transportes desempenha papel crucial em qualquer economia, seja na movimentação de pessoas ou de cargas. Com o crescimento da frota brasileira, o setor passou a responder por uma parte ainda mais significativa das emissões totais de gases de efeito estufa. 

Neste sentido, os carros elétricos e híbridos têm figurado como uma das fronteiras tecnológicas do setor automotivo também no Brasil. Como toda grande mudança, ela traz desafios e incertezas. As empresas envolvidas tendem a concentrar seus esforços para manter tudo como antes, apenas adaptando o veículo de combustão comum.

Entretanto, a adesão em massa aos veículos inteiramente elétricos precisa ser submetida a uma análise criteriosa, considerando que para atingir seu máximo benefício ambiental, é pressuposto que haja uma matriz de geração de eletricidade limpa

Com a questão solucionada, precisaremos popularizar os “postos” de recarga para os veículos elétricos. A entrada de marcas conhecidas como a LG poderá ser útil nesse sentido. A mudança da matriz energética no Brasil e no mundo precisam:

  1. Ter carros elétricos (baratos e acessíveis);
  2. Ampla utilização de matrizes renováveis e não poluentes para geração de energia elétrica (além de barata);
  3. Postos para recarga dos veículos;
  4. Mudança cultural;
  5. Leis (benefícios e sanções).

Sem observar todos os pontos, haveria redução das emissões nos centros urbanos, mas um aumento no local da geração de energia elétrica, por exemplo. O processo de difusão do carro elétrico em todo mundo vem ocorrendo de forma gradativa, permitindo o planejamento e investimento. 

Assim, à medida que a frota aumenta, faz-se necessário aumentar também a melhoria na distribuição e o custo de energia elétrica, para suportar a carga dos veículos. Porém, é crucial que o aumento da geração seja suprido por infraestrutura em métodos que privilegiem fontes renováveis e de baixas emissões.

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Laura Alvarenga
Escrito por

Laura Alvarenga

Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR e Bit Magazine, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças e tecnologia.