Me passa o troféu; tecnologia invade mais uma vez o Grammy

Mariana Souza

13 de junho de 2022

Nem só de música para shows, discos ou Spotify viverá o Grammy, a organização do evento anunciou categorias que trarão novos universos onde a música está inserida, principalmente os tecnológicos.

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Grammy tem nova caterogia de trilha sonora. Foto: Freepik

Novas categorias adicionadas ao prêmio

Segundo a Academia de Gravação, o Grammy Awards adicionou novas categorias de premiações musicais, dentre elas, a de Melhor Trilha Sonora para Videogames e outras Mídias. Em publicação oficial, as novas categorias valerão a partir de 2023, no 65.º Grammy Awards.

Na publicação, o CEO da Academia de Gravação, Harvey Mason Jr., disse:

“Estamos muito empolgados em homenagear essas diversas comunidades de criadores de música por meio dos prêmios e alterações recém-criados e de continuar cultivando um ambiente que inspira mudança, progresso e colaboração”.

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E Mason Jr. reiterou que a prioridade do Grammy Awards é trazer mais representatividade para as diversas vertentes musicais e escutar os membros da academia, garantindo que o prêmio esteja sempre em evolução com as mudanças no mundo.

Sobre o prêmio para videogames

Consoante o anúncio da Academia, o prêmio para videogames reconhecerá a “excelência em álbuns de trilhas sonoras compostas predominantemente por partituras originais e criadas especificamente para ou como complemento de um videogame atual ou outra mídia interativa lançada no período de qualificação”.

Mas essa mudança e adição a um prêmio específico ou segmento em festivais para videogames não começou (e provavelmente não irá terminar) no Grammy.

Neste ano, o Festival de Música Clássica BBC Proms em Londres, adicionou a categoria de músicas de videogames para serem apresentadas. As escolhas foram Kingdom Hearts, Shadow of the Colossus, Dear Esther e outras.

Apelo para mudanças

As polêmicas envolvendo a não representatividade (seja de vertentes musicais ou até de artistas) envolvendo o Grammy Awards não é de hoje.

Em 2020, a então presidente da Academia, Deborah Dugan, foi demitida após sair de licença. Em comunicado enviado à CNN após a demissão ,

Dugan afirmou que foi contratada para gerar mudanças positivas e que foi incapaz de fazê-lo.

“Infelizmente, não consegui fazer isso como CEO. Então, em vez de tentar reformar uma instituição corrupta, continuarei trabalhando para responsabilizar aqueles que continuam manchando o processo de votação do Grammy e discriminando mulheres e negros,” afirmou Dugan em 2020.

Dugan chegou a citar que o Grammy evita premiar pessoas negras fora das categorias de Rythm and Blues e ainda trouxe a questão do álbum ‘Lemonade’ de Beyoncé não ter sido premiado como “Álbum do Ano”. Ainda reiterou que quando algum membro cita a diversidade, é expulso da Academia.

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