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Por que Warren Buffett se recusa a comprar Bitcoin

O mundo dos ativos digitais se popularizou diante do alto número de investimentos em Bitcoin. Esta é a principal e mais famosa moeda digital, mas nem mesmo ela foi capaz de atrair a atenção do megainvestidor e CEO da Berkshire Hathaway, Warren Buffet, de 91 anos de idade. 

Por que Warren Buffett se recusa a comprar Bitcoin. (Imagem: Pixabay)

Em uma declaração feita no último sábado (30), foi evidenciado que ele não tem o interesse de comprar todas as unidades de Bitcoin disponíveis no mundo, nem que cada moeda fosse vendida a US$ 25. A menção foi feita em alusão às investidas do governo dos Estados Unidos da América (EUA) na implementação da criptomoeda nas transações financeiras comuns. 

Logo, o Bitcoin e outras criptomoedas passariam a ser aceitas como um dinheiro digital qualquer, substituindo o dólar. Mas, na visão de Warren Buffet, a moeda digital não oferece nenhum tipo de produção – apesar dele ter admitido não ter consciência sobre a possibilidade de rendimento do criptoativo no prazo de cinco a dez anos. 

Em contrapartida, Buffet afirmou que compraria 1% de todas as terras agrícolas dos EUA ou 1% de todos os prédios do país a US$ 25 bilhões. Segundo ele, estes são exemplos de investimentos viáveis capazes de gerar rendimentos. 

O mesmo entendimento é compartilhado pelo vice-presidente da Berkshire Hathaway, Charlie Munger. Ele disse que tenta evitar coisas que julgam estúpidas, más e que podem o fazer se sentir mal quando se compara a terceiros. E, segundo ele, o Bitcoin é uma união de todos esses julgamentos. 

Para ele, a estupidez do Bitcoin pode ser associada ao fato de que a moeda pode ser zerada a qualquer instante, sem aviso prévio ou nenhuma garantia ao investidor.

Outro fator evidenciado por Charlie Munger é que o ativo tem o poder de minar o Sistema da Reserva Federal e fazer os norte-americanos parecerem tolos em relação ao líder comunista chinês, embora Munger acredite que ele tenha sido inteligente o bastante para banir o Bitcoin da China. 

Rejeição ao Bitcoin

Os representantes da Berkshire Hathaway não são os únicos que vêm o Bitcoin com maus olhos. Em março deste ano, o autor do livro de finanças pessoais “Pai Rico, Pai Pobre”, Robert Kiyosaki, também demonstrou um posicionamento pessimista em relação ao futuro da mãe das criptomoedas. 

Segundo ele, as criptomoedas poderão ser confiscadas a qualquer momento caso sejam regulamentadas pelo governo dos EUA, mesmo se estiverem armazenadas em carteiras codificadas e desconectadas da internet e de todo o sistema financeiro tradicional. 

Outro crítico a respeito do tema é o autor de best-sellers, Nassim Taleb. No início deste ano ele caracterizou os investimentos em criptomoedas como um “jogo perfeito para otários durante tempos de juros baixos”. 

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