Risco de segurança no TikTok choca usuários e direção surpreende ao não negar o fato

Mariana Souza

4 de julho de 2022

Em novo comunicado enviado pelo TikTok para senadores republicanos dos Estados Unidos, empresa diz que acesso às informações dos usuários é rigoroso, mas existe

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TikTok supostamente força os funcionários a trabalhar 12 horas por dia

(Imagem: Pixabay)

Alvo de espionagem 

Sendo um aplicativo muito popular e, segundo a Brand Finance, a marca que mais cresce em rentabilidade neste ano no mundo todo, o TikTok é, também, alvo de muitas críticas, principalmente por parte dos Estados Unidos. 

Por se tratar de uma rede social chinesa, é alvo de muitas suspeitas e especulações por parte dos EUA, que temem que o aplicativo esteja sendo usado pela China para espionar cidadãos estadunidenses. 

Levando isso em conta, o próprio TikTok enviou uma carta aos senadores do Partido Republicano dos EUA que confirma que funcionários da ByteDance (dona do aplicativo) podem sim ter acesso a dados de usuários. 

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Entretanto, no comunicado feito pelo CEO do TikTok, Shou Zi Chew, disse na carta endereçada aos senadores, publicada pelo The New York Times: “sabemos que estamos entre as plataformas mais examinadas do ponto de vista de segurança e pretendemos remover qualquer dúvida sobre a segurança dos dados dos usuários dos EUA.”

O CEO da plataforma afirma que a empresa conta com um sistema que consegue classificar os dados em diferentes níveis de acesso e isso é relativo à sensibilidade destes dados. 

Senadores querem investigar o TikTok 

Todo esse rebuliço foi novamente revirado por conta de uma matéria feita pelo BuzzFeed em junho deste ano, que mostra que funcionários da ByteDance conseguiam acesso à usuários americanos desde pelo menos janeiro de 2022.

Mesmo com a polêmica, o CEO Zi Chew afirma haver uma série de controles robustos de segurança cibernética e protocolos de aprovação de autorização, supervisionados também pela equipe de segurança que fica nos Estados Unidos. 

Todavia, mesmo depois da carta enviada diretamente aos senadores republicanos, uma das representantes do partido no Senado, Marsha Blackburn, declarou que o TikTok deve ser investigado pelo Congresso dos EUA e que a carta confirmaria o temor de que o Partido Comunista da China estaria influenciando a empresa. 

“Eles deveriam ter sido honestos desde o início, mas tentaram manter seu trabalho em sigilo. Os americanos precisam saber que, se estiverem no TikTok, a China comunista tem suas informações. O TikTok precisa voltar e testemunhar perante o Congresso.”

Também em junho deste ano, um dos comissários republicanos da FCC (órgão americano equivalente à Anatel), Brendan Carr, pediu que Google e Apple retirassem o TikTok das lojas de aplicativos. Porém, o órgão não tem autoridade para fazer isso.

Após as acusações, o TikTok afirmou que pretende transferir os dados dos usuários norte-americanos para servidores da Oracle.

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