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De olho na Via-Láctea, novo “pequeno buraco negro” é avistado na vizinhança espacial

Uma equipe de astrônomos do Space Telescope Science Institute dos Estados Unido, revelou que no início 2022, foi avistado um buraco negro de massa estelar vagando solitariamente pela Via-Láctea.

(Imagem: NASA/Divulgação)

Buracos negros numerosos da Via-Láctea

Os especialistas do Instituto, que fica em Baltimore, Maryland, detalharam que o buraco negro pode ser um dos 100 milhões existentes no espaço e foi o menor encontrado até hoje, segundo a estimativa de sua massa.

O líder do instituto, Kailash Sahu, revelou que o buraco negro está a 5000 mil anos-luz de distância, visto por possuir uma gravidade que opera como uma lente gravitacional, ou seja, ele amplia a luz de estrela de fundo a 19.000 anos-luz de distância.

Segundo o portal Space, a descoberta já havia sido feita primeiramente por duas pesquisas terrestres, são elas: projeto Microlensing Observations in Astrophysics (MOA), no Observatório da Universidade Mount John em Nova Zelândia e o Optical Gravitational Lensing Experiment (OGLE), liderado pela Polônia.

Para realizar o feito, a equipe de Sahu usou o Telescópio Espacial Hubble, conhecido pelos especialistas em captar imagens surpreendentes da órbita.

No estudo, foi acompanhado um grau de lente gravitacional que possibilitou ver que o buraco negro possui uma massa de 7,1 vezes maior que a massa do Sol.

Já a segunda equipe, comandada por Casey, da Universidade de Califórnia, identificou um volume diferente em que o artefato possui uma massa entre 1,6 e 4,4 vezes a massa do Sol.

Buracos negros de massa estelar são  produtos das chamadas supernovas

As supernovas, estrelas que findam sua vida e fazem uma explosão brilhante no espaço, originam os buracos negros, com massas 20 vezes maiores que o Sol.

As supernovas acabam deixando um rastro de estrela de nêutrons, que podem ter massas em média de 2,3 vezes as solares. Foi identificado que buracos negros de massa estelar, encontrados em sistemas binários, não aparecem com menos de 5 vezes as massas solares.

“Seja o que for, o objeto é o primeiro remanescente estelar escuro descoberto vagando pela galáxia desacompanhado de outra estrela”, explicou Lam em em comunicado da NASA.

Embora as estrelas com mais de 20 massas solares representem apenas 0,1% de todos os exemplos da Via-Láctea, existem em média 100 a 200 bilhões de estrelas por lá.

Como a nossa galáxia existe a mais de 13 bilhões de anos, é possível que ela tenha em média 100 milhões ou mais de buracos negros de massa estelar presentes em “nossas redondezas”.

Entretanto, tal descoberta é apenas um começo dessa plenitude de informações que contém na Via-Láctea. A previsão é que o Telescópio Espacial Roman Nancy Grace da NASA seja lançado em 2027, para analisar mais eventos envolvendo os buracos negros.

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