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De olho no astro-rei: Foto mais próxima do Sol já tirada revela segredo

A coroa da principal estrela do Sistema Solar revelada como nunca! Um satélite espacial consegue foto mais próxima do Sol já tirada, em extrema alta definição e com resultados que potencializarão as pesquisas científicas feitas por especialistas do segmento. Confira essa história abaixo.

Foto do sol tirada na metade da distância entre a estrela e a Terra (Imagem: ESA-NASA-Solar Orbiter-EUI/Divulgação)

Imagens nunca vistas do Sol revelam segredos da estrela

As imagens são realmente estarrecedoras e surpreendentes, onde detalhes específicos da camada externa do Sol, chamada de coroa, podem ser percebidas e medidos quanto a quantidade de radiação emitida em relações com as variações de temperaturas da estrela.

As fotos foram feitas a partir de um satélite, que segundo a publicação do The Sun, encontra-se “na metade da distância entre à Terra e o Sol, cerca de 46 milhões de milhas (74 milhões de quilômetros) equidistante em relação a ambos.”

Trabalho demorado e com resultados em alta definição

Após estar bem posicionado, pelo menos o suficiente para os resultados apresentados, o satélite do tipo orbitador começou a registrar as imagens inéditas do Sol. O tempo necessário para registro das fotos foi de “mais de quatro horas”, segundo o jornal britânico.

O processo foi longo, devido à proximidade da estrela, sendo necessárias 25 fotos separadas com a duração de 10 minutos de exposição cada, para que em período posterior pudessem ser reunidas em uma grande imagem completa.

Os resultados foram surpreendentes! A imagem contém mais de 83 milhões de pixels em uma grade de resolução de 9148 x 9112, algo em torno de 10x mais definição, ao considerarmos as taxas da tecnologia 4K.

Todo o trabalho foi feito pelo Solar Orbiter, de propriedade da Agência Espacial Europeia, que realiza diversas missões, inclusive, em parceria com a NASA

Tecnologia por trás da foto mais próxima do Sol já tirada

Para o resultado obtido, foram empregadas duas tecnologias distintas atuando em conjunto na missão. Sem a tecnologia adequada, não poderia ser feito o registro com tamanha riqueza de informações e detalhes.

A primeira é conhecida como EUI (Extreme Ultraviolet Imager — captura extrema de radiação ultravioleta), e atuou em parceria com o SPICE (Spectral Imaging of the Coronal Environment — captação de espectros da região coronal), responsáveis não somente por fazer a fusão das imagens registradas, como comparar características da coroa solar com outra região conhecida como cromosfera.

Imagem de captura de espectros diversos do Sol fornecem dados para estudos (Imagem: ESA-NASA-Solar Orbiter-EUI/Divulgação)

Todos esses palavrões complicam o objetivo principal, que pode ser resumido como: a foto mais próxima do Sol já tirada, com a captura e medição de “diferentes comprimentos de onda de luz ultravioleta extrema que vêm de vários átomos”, possibilitam aos cientistas procurar por erupções poderosas na estrela (além de ser um adianto para entender um pouco mais sobre as diferentes temperaturas nas camadas solares).

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