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Missão espacial russa sem tripulação chega para resgatar astronautas presos na ISS

Após choques de detritos no espaço, alguns danos foram detectados em equipamentos acoplados à Estação Espacial Internacional (ISS). Por esse motivo, a agência espacial russa (Roscosmos) precisou enviar outra missão espacial, agora não tripulada, visando substituir a cápsula de retorno para a Terra.

Foguete que envia missões Soyuz (Imagem: Roscosmos/Divulgação)

A cápsula da missão chamada Soyuz MS-23, foi lançada na quinta-feira (23) com o propósito de substituir o modelo anterior que sofreu danos ao estar atracada na Estação Espacial Internacional (ISS).

Após dois dias de seu lançamento, a partir do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, a nave carregando a cápsula acoplou automaticamente na ISS. A missão foi de extrema importância, para substituir a cápsula MS-22, se acoplou em setembro de 2022 na estação.

A cápsula apresentou registros de um vazamento no sistema de resfriamento em dezembro. Ao que tudo indica, foi devido a choques com meteoritos, algo bem normal de acontecer no espaço.

O dano não foi suficiente para inutilizar o modelo do ano passado, mas se tornava arriscado retornar com dois cosmonautas mais um astronauta da NASA para casa a bordo daquele veículo. A ideia é que os três membros possam retornar com a nova cápsula MS-23, provavelmente, em setembro de 2023.

O modelo danificado não foi enviado antes para a Terra, pois precisava ser mantido em caso de emergência de evacuação. Nesta situação, todos os veículos de retorno são usados para retirar os astronautas e cosmonautas da ISS, independente de riscos no trajeto.

Agora ele já pode ser desacoplado, rumando para a Terra e sem tripulação, caso o problema seja grave e ele não suporte a volta, nenhuma vida será perdida.

Trabalho espacial estendido

Quando a missão Soyuz MS-22 partiu aqui do planeta, a ideia era que os especialistas envolvidos ficassem na Estação Espacial Internacional (ISS) pelo período de 6 meses fazendo experimentos e pesquisas. Com todos os acontecimentos, optou-se pela extensão da missão pelo mesmo período, trazendo-os de volta mais perto do fim do ano, por volta de setembro.

SpaceX mandará membros, mas o “time” precisa ser completo

A ISS não pode ficar sem o mínimo de membros para operar. Outros especialistas já tem data marcada para o seu retorno, portanto, foi melhor expandir o tempo de permanência da missão espacial Soyuz MS-22.

A empresa de Elon Musk está próxima de enviar novos membros para a estação com a missão Crew-6, mas imprevistos podem sempre ocorrer. Tentando garantir ao máximo a funcionalidade da ISS, essa pareceu ser a decisão mais correta.

Com informação: NASA, DW, R7.

 

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