Aparentemente, pessoas que compraram um iPhone na Amazon recentemente podem ter sido alvos de uma má prática que resultou no aumento dos preços dos dispositivos. Pelo menos é o que sugere um processo no qual a Amazon e a Apple estão sendo acusadas de “conspiração” Estados Unidos.
Amazon e Apple acusadas de “conspiração” em venda de iPhones; entenda! – Imagem: Brandon Romanchuk on Unsplash
Amazon e Apple são acusadas de “conspiração”
Segundo a ação judicial coletiva, peticionada no Tribunal Federal de Seattle, as empresas fizeram um acordo que acabou retirando praticamente todos os outros iPhones e iPads da loja da Amazon.
O argumento utilizado na petição foi de que em janeiro de 2019 a Apple realizou um acordo com a Amazon, dando 10% de desconto em seus produtos. A Amazon então teria que manter apenas 7 dos 600 revendedores dos dispositivos na plataforma.
Mas os benefícios para a Amazon não param por aí, a empresa praticamente passou a dominar seu próprio mercando, se tornando a principal revendedora dos dispositivos, na falta da concorrência gerada por produtos de outros revendedores.
Preços dos produtos aumentaram depois do acordo entre as empresas
Segundo a ação, esse acordo não só acabou com a concorrência no site da Amazon, como ainda resultou em um aumento catastrófico de mais de 10% no valor de iPhones e iPads vendidos pela Amazon. Agora sem concorrência, chegou a parar com os descontos de até 20% ou mais, prática antes comum.
Um dos relatos usado no processo envolve uma pessoa que pagou US$319,99 (cerca de R$ 1,7 mil), por um iPad na Amazon, em seu próprio site. O argumento é de que o cliente não encontrou opções mais baratas para o produto, indicativo de que a concorrência havia sido sufocada.
Causa ganha?
A parte acusante parece ter total confiança na validade das acusações, chegando até a mencionar que a causa está ganha.
“Erguer barreiras na entrada para manter os concorrentes afastados e aumentar os preços após sua eliminação é precisamente o tipo de conduta para as quais o Congresso promulga leis“, diz a denúncia.
As empresas ainda não responderam às acusações, nem o devem fazer tão cedo. Afinal, ainda não existem uma data marcada para o início do julgamento.
A ação judicial visa uma mudança de postura tanto das empresas permitindo que mais revendedores entrem na loja da Amazon. O processo ainda exige uma indenização para consumidores nos Estados Unidos que sofreram com a prática.
Fonte: Reuters
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