Cientistas estão prestes a descobrir dados inéditos do seu sono e dormem em locais absurdos para isso

Mariana Souza

2 de dezembro de 2022

Dormir é bom demais, fala sério! E estes cientistas se colocam em lugares bem inusitados para conseguir provar alguns pontos sobre a ciência do sono, por conta da função evolutiva que o sono também tem.

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Será que o seu sono iria melhorar fora da Terra? (Imagem: Divulgação/Pexels)

Será que o seu sono iria melhorar fora da Terra? (Imagem: Divulgação/Pexels)

A caverna de Platão?

Deborah Bucher é bióloga de morcegos e fundadora da Buecher Biological Consulting e conta a história de como começou a “dormir em cavernas”.

Ela se interessou por espeleologia – estudo das cavernas – e acabou até se apaixonando pelo líder da primeira expedição que ela participou. Os dois ficaram casados por 48 anos, será que foi apenas em nome da ciência?

Bucher afirma que dormir dentro de cavernas faz com que a percepção de claro e escuro mude muito, porque dentro de uma gruta, por exemplo, o breu por muito tempo faz com que os olhos “enxerguem” algumas coisas após acostumarem com a escuridão.

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Dormindo em uma caverna cheia de estalagmites, ela afirma:

“Eu acordava e via uma sala e luzes coloridas. Não era real. Acho que foi meu cérebro que criou. Lembro-me de ter visto algumas dessas estalagmites. Não seria apenas o creme das formações e o marrom da lama. Tinha mais azuis e roxos.”

Michel Siffre, um cientista francês, entrou em uma caverna para fazer um experimento. De lá, ele era monitorado por outros cientistas que queriam estudar o ritmo circadiano e como ele é alterado naquela situação.

Monitorando Siffre e fazendo estudos com pessoas fora de uma gruta, os resultados realmente foram diferentes.

Sono em gravidade zero

Outro experimento feito foi com o astronauta da NASA Thomas Marshburn, que afirma que o sono dele era bem melhor na órbita da Terra. A cabeça, o tronco e o pescoço ficam em uma posição mais “natural” por lá, pois não estão sendo puxados pela gravidade.

Mashburn coloca:

“Se você está cansado, pode tirar uma soneca apenas relaxando seus músculos onde quer que esteja. Esperançosamente, seus pés ou alguma parte do corpo estão contidos, ou você flutuará lentamente por uma cabine. À noite, temos nossos próprios aposentos individuais para a tripulação, que são mais ou menos do tamanho de uma cabine telefônica.”

Fora que o espaço é mais silencioso do que na superfície do nosso planeta e o saco de dormir é usado para conter o corpo do astronauta e não para aquecê-lo.

“Bem, quando você está lá em cima, você realmente está caindo porque está em órbita ao redor da Terra na Estação Espacial Internacional, então seu cérebro interpreta com precisão.”

O nosso cérebro fica em alerta o tempo todo por lá, mesmo que o sono seja “melhor”. Os cientistas do sono estão se aprofundando cada vez mais para transformar a nossa noite – ou dia.

Com informação: Inverse.

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