Combustível no mundo: Relatório aponta enfrentamos a primeira “crise energética verdadeiramente global”

Mariana Souza

28 de outubro de 2022

Por conta da invasão da Rússia na Ucrânia, o fornecimento de alguns tipos de combustíveis e suprimentos foram interrompidos. Novo relatório sugere que a interrupção deste fornecimento terá efeitos duradouros e uma crise energética se alastra.

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Crise energética terá efeito duradouro. (Imagem: Pexels)

Crise energética terá efeito duradouro. (Imagem: Pexels)

Crise energética terá efeito duradouro

De acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), o mundo está enfrentando sua primeira crise energética ‘verdadeiramente global’. Isso por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia.

A tensão entre os países fez com que exportações de petróleo e gás fossem restritas, o relatório coloca que:

“Com preocupações geopolíticas e econômicas implacáveis, os mercados de energia permanecem extremamente vulneráveis, e a crise é um lembrete da fragilidade e insustentabilidade do atual sistema global de energia. O fardo mais pesado recai sobre as famílias mais pobres, onde uma parcela maior da renda é gasta em energia”

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E, como já era de se esperar, os mais pobres acabam sendo mais prejudicados. A agência tem sede em Paris e calculou que os governos deverão desembolsar cerca de US$ 550 bilhões para a proteção da população. Reino Unido e Alemanha devem ter um aumento ainda maior.

Países como os Estados Unidos e China fizeram mudanças na infraestrutura para conseguirem conter o impacto.

O relatório prevê que o comércio de energia feito pela Rússia caia de 20% (atualmente) para 13% até 2030. Porém, os impactos dessa crise serão duradouros.

Oportunidades para tentar energias mais limpas

O relatório coloca a necessidade de voltarem esforços (e principalmente investimento) nas chamadas energias limpas. Isso tornará a energia mais segura e acessível.

Também sugeriu que o uso de combustíveis fósseis pode atingir um pico e decair em breve – que será constante.

“[Prevemos] que o uso de carvão caia nos próximos anos, a demanda de gás natural atinge um platô no final da década e o aumento das vendas de veículos elétricos (VEs) significa que a demanda de petróleo se estabiliza em meados da década de 2030 antes de diminuir. ligeiramente a meados do século”

Algumas sanções foram feitas contra a Rússia por conta do conflito com a Ucrânia e países como o Reino Unido já começaram projetos de desenvolvimento de energia verde.

Além disso, há países que assinaram um acordo de “zero líquido”, para tentar diminuir a quantidade de gases que causam o efeito estufa, até 2050. Países como Coreia do Sul, Canadá, União Europeia e Japão assinaram o tratado.

O relatório traz que, para zerar as emissões líquidas até 2050, os governos têm de investir cerca de US$ 4 trilhões em energia limpa.

Com informações: BBC.

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