Elon Musk manipula os algoritmos do Twitter para ficar em evidência

Ao que parece, o bilionário e dono do Twitter, Elon Musk, se sentiu muito frustrado durante a final do campeonato de futebol americano da NFL. Tudo isso ocorreu por seu tweet não ter alcançado o engajamento que o empresário gostaria e isso gerou uma movimentação muito estranha na empresa.

Elon Musk manipula os algoritmos do Twitter para ficar em evidência – Imagem: Wikimedia Commons

O início da frustração de Elon Musk

No domingo (12), foi a final do campeonato da National Football League ou NFL, a liga dos EUA de futebol americano. Com certeza é um dos eventos mais esperados, com segundos de comerciais valendo milhões e todas as atenções em qualquer plataforma voltadas para esse evento tão marcante.

Pois bem, a esposa do presidente dos EUA, Joe Biden, estava torcendo para o Philadelfia Eagles e seu marido fez um tweet revelando o apoio a ela, resultando no casal torcendo para o time dos Eagles. Do outro lado da plataforma, Elon Musk também estava demonstrando apoio ao time de Philadelfia. Então está tudo certo? Bom, parece que não para o empresário.

Segundo o The Verge, enquanto o engajamento do tweet do presidente Joe Biden chegou ao valor de 29 milhões de impressões (um alcance considerável), a mensagem de apoio do CEO e dono do próprio Twitter não passou dos 9,1 milhões.

Vale um destaque, o próprio site falou sobre a origem dessas informações:

“Esta história é baseada em entrevistas com pessoas ligadas aos eventos envolvidos e apoiadas por documentos obtidos pelo Platformer.”

Se ele é o presidente dos EUA, eu sou o dono do Twitter

Elon Musk não ficou nada satisfeito em um momento tão importante do esporte nacional (EUA). Sua manifestação foi “podada” dentro de seu “próprio terreno” (Twitter).

O empresário ficou tão incomodado com esses números que no domingo mesmo, durante a noite, pegou seu avião e voltou a Bay Area, para cobrar explicações dos engenheiros da plataforma. Agora estava criado o momento de tensão.

Informações de familiares e pressão nos engenheiros

Toda a história começou a “pipocar” por conta de uma mensagem do primo de Elon Musk, James, direcionada para os engenheiros da plataforma.

Segundo o The Verge, “Às 2h36 da manhã de segunda-feira, James Musk enviou uma mensagem urgente aos engenheiros do Twitter”. O conteúdo convocava os engenheiros a ajudarem a resolver esse “problema” de engajamento em toda a plataforma, que já era considerada de alta urgência.

Façam correções nos algoritmos, se não…

É isso mesmo que você pensou, segundo as apurações do site americano, a conversa tomou esse leve tom de ameaça ao corpo de engenheiros da plataforma. Eles rapidamente tiveram que “dar seus pulos” para entregar o que de fato o chefe queria.

Os resultados foram observados por todos os usuários já na manhã de segunda-feira. Em todo o mundo, as postagens de Elon Musk bombardeavam a linha do tempo. A solução encontrada para deixar o chefe feliz foi deturpar os algoritmos e dar um peso maior a tudo que o empresário posta em sua própria rede social. Elon Musk não tem o rei na barriga, mas é o próprio rei da barriga.

A culpa pode ser do próprio Elon Musk

A afirmação parece fantasiosa, mas não é. Segundo o Platformer, o empresário demitiu na semana passada dois engenheiros que alegaram a sua queda de engajamento ser natural, pois o interesse no “chefe” estava em baixa.

Outra possibilidade levantada pelos engenheiros, era o alcance de Musk ter sido reduzido devido aos inúmeros bloqueios e silenciamentos feito por tantas pessoas nos últimos meses. Também existiram problemas técnicos que logo foram solucionados (alguns posts de Elon Musk apareciam apenas metade do tempo que os engenheiros achavam necessário).

Sendo culpa dele ou não, o empresário mandou todo mundo resolver o problema em seu benefício sob ameaças de demissão claras. É ou não é um “manda quem pode, obedece quem tem juízo”?

Com informação: The Verge.

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Escrito por

Leandro Kovacs

Leandro Kovacs é jornalista e radialista. Trabalhou com edição audiovisual e foi gestor de programação em emissoras como TV Brasil e RPC, afiliada da Rede Globo no Paraná. Atuou como redator no Tecnoblog entre 2020 e 2022, escrevendo artigos explicativos sobre softwares, cibersegurança e jogos. Desde então, atua como editor no Grupo Gridmidia.