Em semana decisiva para Elon Musk, mercado está “travado” por compra do Twitter; entenda

Mariana Souza

25 de outubro de 2022

Com o acordo entre Elon Musk e Twitter estando ainda mais perto de se concretizar, alguns investidores disparam alerta sobre a problemática na forma como o empresário faz seus negócios.

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Twitter começa a liberar podcast

Twitter começa a liberar podcast – Imagem: Reprodução/Freepik

Musk x Twitter: compra pode ocorrer, mas balanço no mercado também

Elon Musk, o homem mais rico do mundo, não é dono “somente” de empresas famosas como a Tesla e a SpaceX. O bilionário é dono, também, de bancos como o Morgan Stanley, Bank of America e Barclays (acionista, pelo menos).

De acordo com uma matéria veiculada no The Wall Street Journal, as “brincadeiras” feitas por Musk ao tentar comprar o Twitter, fizeram os bancos segurar as dívidas para que o acordo fosse possível e agora são US$ 13 bilhões “retidos” nestas instituições por conta do empresário.

Geralmente, o banco faz este movimento de ‘venda’ de dividendos e as usa na compra de um negócio, entretanto, por se tratar de uma alta quantia e de um cliente extremamente rico, os bancos não estão conseguindo arcar com os dividendos de outros clientes.

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O Wall Street Journal colocou:

“A ação do Twitter ameaça paralisar o vacilante ‘pipeline’ (onda) de compras alavancadas, amarrando o capital que Wall Street poderia usar para apoiar novos negócios”.

Negócio fechado – nem tanto assim

Musk tem até o dia 28 de outubro, sexta-feira, para fechar o negócio com o Twitter, mas ainda nada está garantido – o empresário tem um feitio bem imprevisível.

Caso o negócio não seja concluído até a data, as duas partes vão para a justiça em novembro deste ano. Isso quer dizer que os bancos não teriam tempo hábil para renegociar a dívida com outros investidores, pois é um processo que leva semanas.

Outro ponto que pode atrapalhar o negócio entre o empresário e a plataforma é que, agora, o governo dos Estados Unidos pode decidir investigar os investidores do Twitter que não são naturais do país.

Por mais que Musk seja o “sócio majoritário”, o capital aberto do Twitter permite que outros grandes investidores também comprem ações da empresa – alguns são peças-chave para os Estados Unidos.

Fora isso, o empresário se envolveu (de novo) em polêmicas sobre a Starlink (empresa de telecomunicações) que também pode ser investigada pela segurança nacional dos EUA.

A semana está turbulenta para o homem mais rico do mundo e ele tem até sexta-feira para fechar os acordos e continuar com a sua saga de ter uma rede social grande e influente como o Twitter é.

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