Entenda como a NASA surpreendeu captando uma explosão cósmica através da tecnologia

Mariana Souza

18 de outubro de 2022

NASA detecta explosão cósmica extraordinária nas missões Swift e Fermi. Imagens lindas foram captadas. As imagens além do seu valor informacional são de rara beleza, mas tudo isso é resultado dos mais avançados equipamentos de observação espacial.

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Explosão cósmica incrível chama a atenção da NASA. (Imagem: Reprodução/NASA)

Explosão cósmica incrível chama a atenção da NASA. (Imagem: Reprodução/NASA)

Explosão cósmica ‘excepcional’ impressiona a NASA

Não só a NASA, mas astrônomos de todo o mundo ficaram impressionados com um “pulso excepcionalmente brilhante” e duradouro de radiação de alta energia que “varreu” a Terra no domingo, dia 9 de outubro.

Foram raios gama (GRB) – a classe mais poderosa no universo –  que explodiram e estão entre os eventos mais luminosos conhecidos até então.

O Telescópio Espacial de Raios Gama Fermi da NASA, detectou a presença desses raios em nosso Sistema Solar. Outros locais também foram acionados, caso do Observatório Neil Gehrels Swift e a espaçonave Wind. Ao redor do mundo, mais equipamentos se voltaram para o local da emissão dos raios gama e as observações ainda continuam. Judy Racusin, vice-cientista do projeto Fermi disse:

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“É seguro dizer que esta reunião realmente começou com um estrondo – todo mundo está falando sobre isso”.

A reunião em questão é o 10º Simpósio Fermi, uma reunião de astrônomos de raios gama que reuniu diversos especialistas sobre o assunto.

A explosão viajou 1,9 bilhão de anos-luz para chegar à Terra e os cientistas afirmam que o evento pode representar o ‘grito’ de um nascimento de um novo buraco negro vindos de uma estrela da constelação Sagitta.

Segundo os estudiosos, a estrela pode estar em colapso e, um buraco negro nascente, impulsiona raios poderosos que viajam na velocidade da luz.

Oportunidade de observar fenômenos inéditos

Por conta do evento, pela primeira vez o telescópio de raios-x NICER da NASA e  um detector japonês chamado Monitor of All-sky X-ray Image (MAXI) – ambos estão na Estação Espacial Internacional (ISS) – conseguiram observar a explosão.

A conexão dos dois é chamada de Orbiting High-energy Monitor Alert Network (OHMAN).

Zaven Arzoumanian, líder científico do NICER afirmou:

“O OHMAN forneceu um alerta automatizado que permitiu ao NICER acompanhar em três horas, assim que a fonte se tornou visível ao telescópio Oportunidades futuras podem resultar em tempos de resposta de alguns minutos.”

Novas percepções sobre o colapso estelar começaram a borbulhar por conta da explosão – principalmente o comportamento durante o nascimento de um buraco negro e as condições de uma galáxia distante.

De acordo com uma análise ainda preliminar feita pela NASA, o Large Area Telescope (LAT) do Fermi captou as imagens por mais de 10 horas seguidas. Isso aponta que, na verdade, esta explosão está relativamente perto de nós e poderá ser estudada com mais profundidade.

Com informações: NASA.

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