Este é um assunto proibido de ser conversado na empresa de Mark Zuckerberg

Laura Alvarenga

30 de junho de 2022

Nos Estados Unidos da América (EUA) os funcionários da Meta foram proibidos de debater sobre aborto. A decisão da empresa envolve discussões sobre o tema no Workplace, uma rede social usada exclusivamente pelos colaboradores da companhia. 

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Funcionários da Meta são proibidos de debater sobre aborto

Funcionários da Meta são proibidos de debater sobre aborto. (Imagem: Flickr)

A ordem foi divulgada durante uma reunião geral entre os funcionários da Meta e a vice-presidente de Recursos Humanos da empresa, Janelle Gale. Para a representante da empresa proprietária do Facebook, Messenger, Instagram e WhatsApp, este tipo de debate é capaz de desenvolver um ambiente de trabalho hostil. 

Desta forma, mesmo que as pessoas sejam respeitadoras e tentem ter a mente aberta quanto a outras perspectivas a respeito do aborto, elas ainda podem se sentir como alvos com base em fatores como gênero e religião. Além disso, a proibição também está associada à política interna da Big Tech. 

Políticas do Meta

No ano de 2019, o Meta fez algumas mudanças nas políticas internas da empresa. Na época, foi incluída uma seção na Política de Comunicação Respeitosa, que pode estar associada à ordem declarada pela executiva. 

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O documento estabelece que os colaboradores estão proibidos de discutir “opiniões e debates sobre o aborto estar certo ou errado, disponibilidade ou direitos do aborto e visões políticas religiosas e humanitárias sobre o assunto.” 

Funcionários do Meta são contra a política da empresa

Após a divulgação da nova política da empresa, os funcionários do Meta não se mostraram satisfeitos com a inibição das ideologias. É o caso de uma colaboradora que já presta serviços para a companhia há 10 anos. Na oportunidade, ela aproveitou a rede social interna para manifestar a insatisfação quanto a esta determinação. 

Segundo a funcionária, a política da empresa é um tanto contraditória, pois desaprova alguns debates, tende a estimular outros. “A mesma  política explicitamente nos permite discutir questões e movimentos igualmente sensíveis, incluindo imigração, direitos trans, mudança climática, Black Lives Matter, direitos de armas/controle de armas e vacinação”, declarou.

A mesma completou reforçando que o argumento da empresa é frágil e pouco convincente. No entanto, até o momento a proprietária das principais redes sociais ainda não se pronunciou sobre o tema.

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Laura Alvarenga
Escrito por

Laura Alvarenga

Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR e Bit Magazine, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças e tecnologia.