Países querem salvar pelo menos parte da Terra e assinam de tratado internacional com esse objetivo

Mariana Souza

20 de dezembro de 2022

Na última segunda-feira (19) quase todos os países do nosso planeta concordaram em proteger 30% da Terra durante a Conferência de Biodiversidade da ONU (COP15) em Montreal, Quebec. Porém, fica a questão: como fazer isso sem repetir os abusos do passado?

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Novas metas para tentar salvar a Terra foram estipuladas. (Imagem: Divulgação/Canva/Mariana Souza)

Novas metas para tentar salvar a Terra foram estipuladas. (Imagem: Divulgação/Canva/Mariana Souza)

O planeta Terra está em perigo iminente e precisamos mudar

Na Conferência de Biodiversidade da ONU (COP15) em Montreal, Quebec, que ocorreu na última segunda-feira (19) mais de 190 países concordaram em proteger 30% da terra e da água do nosso planeta. O valor foi alcançado após semanas de intensas negociações entre as nações.

Cada signatário adotou o Kunming-Montreal Global Biodiversity Framework, os quais são 20 metas ambientais a serem alcançadas até 2030.

Em resumo: essas metas devem impedir que espécies sejam extintas, garantir que a biodiversidade seja usada de forma sustentável e preservar a diversidade genética que existe na Terra.

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Entretanto, há algumas controvérsias em torno desta conferência e principalmente de alguns países. Por exemplo, os Estados Unidos não aderiram formalmente ao acordo, mas tem como meta a conservação de 30% dos recursos de água e terra dos EUA.

Na verdade, estes novos pontos consagram essa meta como um grande acordo internacional. A exigência é que pelo menos 30% sejam conservados por meio de:

“sistemas de áreas protegidas bem conectados e administrados de forma equitativa e outras medidas eficazes de conservação baseadas na área.”

Outros problemas a serem definidos e sanados

Há também uma controvérsia a ser observada e melhor resolvida, já que colocar a conservação por meio de “área protegida” e criar parques nacionais, por exemplo, acabaram por deslocar comunidades indígenas de suas próprias terras.

No Brasil, há uma antiga história de violação dos direitos dos povos indígenas e da preservação do local em que vivem. Agora, uma mudança coloca que a preservação deve ser feita:

 “Reconhecendo e respeitando os direitos dos povos indígenas e comunidades locais, inclusive sobre seus territórios tradicionais.”

Mesmo com a assinatura de quase todos os países do globo, alguns críticos como a organização não-governamental Survival International colocaram que não passa de uma “grande mentira verde”.

Já outros grupos como a The Nature Conservancy comemoraram e ainda alfinetaram a importância a mais que dão para eventos como a Copa do Mundo do que para a COP15:

“Se mais pessoas entendessem o ritmo, a gravidade e as implicações de longo prazo da perda de biodiversidade, os olhos do mundo poderiam estar focados em Montreal, e não no Catar, nessas duas semanas.”

Os pontos foram lançados, agora as nações terão que trabalhar para tentar salvar boa parte da Terra, mas nem a metade dele.

Com informações: The Verge.

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