Peixes espaciais? A missão da NASA em Marte encontrou curioso, possíveis áreas “oceânicas” extintas

Mariana Souza

24 de outubro de 2022

O rover Curiosity da NASA está em Marte vasculhando o planeta vermelho para trazer novas informações. Parece que agora ele descobriu uma parte importantíssima do planeta – que pode trazer informações sobre “vidas passadas”.

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Curiosity fotografa zona de transição em Marte. (Imagem: Divulgação – NASA)

Curiosity descobre parte salgada em Marte

Desde que chegou em Marte, o rover Curiosity da NASA passou por caminhos tortuosos até chegar em uma região em que se acredita ter sido uma bacia de água salgada há bilhões de anos.

O Monte Sharp, região na qual o Curiosity encontrou algumas características, provou-se rica em minerais salgados que foram sedimentando enquanto os riachos e lagoas secaram com o tempo.

Essas novas pistas podem apontar como as regiões rochosas de Marte têm muito mais a ver com a Terra do que imaginamos. Hoje, o rover explora locais congelados e desérticos – que talvez possam ser o futuro do nosso “planeta água”.

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Há uma variedade impressionante no tipo de elementos que pairam nas rochas de Marte, incluindo sulfato de magnésio, sulfato de cálcio e cloreto de sódio, composto que existe no sal de mesa comum.

Kathya Zamora-Garcia, gerente de projeto do Curiosity, disse:

“Como fazemos antes de cada broca, limpamos a poeira e depois cutucamos a superfície superior de Canaima com a broca. A falta de marcas de arranhões ou entalhes foi uma indicação de que pode ser difícil de perfurar.”

Novos perigos e descobertas em Marte

A NASA desenvolveu um novo algoritmo de perfuração criado exatamente para as superfícies duras – claro, com a ajuda de uma broca que possa fazer o trabalho bruto.

Agora, a equipe está analisando os pedaços de rochas coletadas usando o instrumento de Química e Mineralogia da Curiosity e o instrumento Análise de Amostra em Marte.

O Curiosity ficou mais de um mês viajando por terrenos muito difíceis até conseguir amostras com valores cruciais. Outra dificuldade é que o céu marciano estava bloqueando o contato com a Terra. O rover tem antenas e isso ampliou a dificuldade em determinados procedimentos.

Agora, os pesquisadores se dizem “maravilhados” com as imagens que estão recebendo do Curiosity e como isso irá melhorar a qualidade dos estudos.

Elena Amador-French, que gerencia a colaboração entre as equipes da NASA, disse:

“Quanto mais interessantes são os resultados da ciência, mais obstáculos Marte parece nos lançar”.

O Curiosity ficará mais 10 anos em Marte avaliando o terreno do planeta vermelho. Parece que o planeta tem muito mais a ver com a Terra do que imaginamos.

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