Personalidades

Elon Musk, fundador e CEO da SpaceX, anunciou que os satélites de internet Starlink estão ativos na Ucrânia, país que sofre quedas constantes de energia desde a invasão da Rússia. "O serviço Starlink está em funcionamento. Outros terminais estão a caminho", publicou o presidente da Tesla em seu Twitter. Imagem: Reprodução Mykhailo Fedorov, vice-primeiro-ministro da Ucrânia, pediu a Musk através de sua conta no Twitter que a empresa fornecesse serviço de internet ao país em meio aos ataques russos. O empresário rapidamente atendeu ao pedido e chegaram a trocar mensagens na rede social, no último sábado (26). "Enquanto você tenta colonizar Marte a Rússia tenta ocupar a Ucrânia! Enquanto seus foguetes pousam com sucesso do espaço, foguetes russos atacam", twittou Fedorov para Musk. É possível a Starlink chegar a Ucrânia? Enquanto muitos elogiaram o apoio rápido oferecido por Musk, outros consideraram que é improvável que o Starlink ajude os ucranianos a permanecerem conectados. A empresa necessita de uma linha de visão “quase perfeita” com a rede de satélites da SpaceX. Um ambiente urbano não é o lugar mais adequado para implantar o serviço, já que os edifícios, além da fumaça dos bombardeios da artilharia russa, podem facilmente obstruir um sinal. Há também a questão de como levar os terminais Starlink (roteadores e todo equipamento de instalação) para as pessoas na cidade e em outras partes do país, como Kiev ,que está cercada por forças russas. Como funciona o serviço da Starkink, de Elon Musk? Os satélites Starlink são capazes de fornecer conexões de internet de banda larga do espaço sem a necessidade de cabos de fibra óptica na Terra. A ideia por trás do projeto da SpaceX é dar acesso de internet de alta velocidade para pessoas nas áreas mais remotas do mundo por meio de uma constelação de satélites que orbitam o planeta. Imagem: Reprodução Ter satélites Starlink implantados acima da Ucrânia significará que o país em apuros continuará a ter conectividade, sem a ameaça dos russos de cortar comunicações vitais. A SpaceX enviou mais de 2.000 satélites ao espaço desde que os primeiros 60 terminais foram lançados em 2019, com planos de ter até 42.000 satélites na órbita inferior da Terra no futuro. A NASA, em particular, não está muito feliz e tem criticado os planos da SpaceX, argumentando no início deste mês em uma carta à Comissão Federal de Comunicações dos EUA (FCC) que mais objetos no espaço diminuiria “a capacidade do nosso planeta de detectar e possivelmente redirecionar um impacto potencialmente catastrófico”.