Primeira vida na Terra apareceu muito antes do que se pensava

Hugo Cruz

16 de abril de 2022

A primeira vida na Terra apareceu 300 milhões de anos antes do que se pensava. A vida na Terra pode ter surgido há 4,1 bilhões de anos, muito antes da previsão dos cientistas. Evidências contidas em partículas de grafite encontradas na Austrália sugerem que a vida pode ter surgido logo após o disco de poeira cósmica e gás orbitando o Sol se tornar nosso planeta, há cerca de 4,6 bilhões de anos, segundo pesquisadores dos EUA.

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Primeira vida na Terra apareceu 300 milhões de anos antes do que se pensava

Primeira vida na Terra apareceu 300 milhões de anos antes do que se pensava. Imagem: Pixabay

Segundo o estudo, publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas), a descoberta da primeira vida na Terra, se confirmada, representaria um “avanço científico potencialmente transformador”.

Isso mudará a maneira como os cientistas pensam sobre a Terra logo após sua formação – um lugar que era mais fértil do que o esperado – e também revelará que a vida não é incomum no universo, porque foi capaz de emergir tão rapidamente.

O estudo que mostrou a primeira vida na Terra

Cientistas de Stanford e UC analisam átomos de carbono em partículas de grafite (material formado a partir de carbono) contido em cristais de zircão encontrados em Jack Hills, conhecido por apresentar alguns dos vestígios geológicos mais antigos da Terra.

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A análise espectroscópica (revelando a estrutura química e molecular da matéria em três dimensões) de mais de 10.000 amostras ricas no isótopo de carbono-12 (muitas vezes associado à presença de vida) revelou que uma das amostras foi datada de cerca de 4,1 bilhões de anos.

Mais comumente, as amostras que mostram essa relação com isótopos de carbono não têm mais de 3,8 bilhões de anos.

“Nosso estudo expande o registro de isótopos de carbono terrestre cerca de 300 milhões de anos antes que as amostras mais antigas fossem encontradas na Groenlândia”, disseram os autores no estudo.

Segundo os cientistas, a possibilidade de as amostras sobre a primeira vida na Terra serem contaminadas com isótopos de carbono mais modernos foi eliminada. Sendo assim, o mais provável é que o estudo esteja correto e os sinais de vida sejam mais antigos do que qualquer um jamais pensou.

Os tipos de átomos que os cientistas descobriram também podem ser desencadeados por eventos não biológicos, como impactos de asteroides. No entanto, para isso, o teor de carbono 12 do zircão deve ser muito maior.

“A primeira vida na Terra pode ter começado quase imediatamente”, disse Mark Harrison, professor da Universidade da Califórnia e um dos autores do estudo, no relatório da universidade. “Com os ingredientes certos, a vida parece se formar muito depressa.”

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Hugo Cruz

Redator Profissional, Comunicador Social e especialista em Produção de Conteúdo Web. Formado em Letras - Inglês e Administração. CEO da Agência Digital Comunicalize.