99: Precarização é exposta após acidente com Rodrigo Mussi

Segundo as investigações o motorista pode ter cochilado e passageiro estava sem cinto de segurança, acidente na 99 expõe todas suas mazelas

Com os traumáticos acontecimentos dos últimos dias, as fragilidades de empresas de motoristas por aplicativo estão ficando mais evidentes. A precarização foi escrachada após acidente na 99 com o ex-BBB Rodrigo Mussi, seja na “isenção” de responsabilidade até comportamentos que podem gerar riscos, afetam também outros aplicativos, como a Uber.

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mulher usando o smartphone (Imagem: Tetiana Shyshkina/Unsplash)

Afinal, os aplicativos de motoristas são responsáveis ou não pela qualidade dos seus serviços? (Imagem: Tetiana Shyshkina/Unsplash)

Acidente na 99 atrapalha a imagem dos aplicativos de motoristas

As críticas que sofrem os aplicativos de motoristas particulares são em diversas áreas: baixa remuneração que leva a exaustão dos motoristas; problemas de segurança quanto a “associados” e passageiros; baixa garantia na qualidade de serviços, somados com a falta de “responsabilização” das empresas em casos de acidente.

O último acontecimento foi o acidente envolvendo Rodrigo Mussi, que após se envolver em uma batida utilizando um carro associado da 99 — no banco traseiro e sem cinto — foi lançado contra o para-brisa do veículo. O acidente foi grave e Rodrigo segue hospitalizado.

A 99, em comunicado oficial, estipulou novas medidas a serem adotadas pela empresa com seus motoristas e passageiros:

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“Preocupada com seus passageiros e motoristas parceiros, a 99 está ampliando seus esforços para a conscientização da obrigatoriedade do uso do cinto de segurança em todas as corridas, sejam curtas ou longas.”

A nova “ferramenta” de proteção para os carros da empresa é “a possibilidade de o motorista cancelar a viagem caso o passageiro se recuse a usar a proteção (cinto de segurança), sem sanção ao condutor.”

Comunicações visuais alertando a importância do uso obrigatório do cinto, mesmo que no banco de trás, também estarão visíveis nos carros. A empresa encerra seu comunicado reforçando seu compromisso: “trabalhamos todos os dias pela nossa comunidade, reforçando direitos e deveres, respeito e cuidado, para um ambiente seguro para todas e todos.”

Mas, será que essas medidas são o bastante? Pode parecer que a baixa remuneração e exaustão dos motoristas — causadores conhecidos de acidentes —, somados às “soluções” para garantir a confiabilidade de “associados” e passageiros, se unem a nova “política” adotada dos cintos como algo para “inglês ver”.

É muito simples querer lucrar como uma empresa de transportes, sem “arcar” com os custos e riscos envolvidos nesse ramo. Sim, eles se esquivam disso também, afirmando serem “facilitadores” de mobilidade urbana e não empresas de transportes.

Rodrigo Mussi segue hospitalizado após acidente 

Segundo o último boletim médico postado pela família nas redes sociais, o ex-BBB “ainda está em estado grave, mas continua reagindo, está bem agitado e se mexendo bastante conforme aos poucos diminuem a sedação.”

Informações positivas conseguem trazer as pequenas vitórias na batalha à tona, “hoje apertou o dedo do irmão e a família continua otimista e feliz com o progresso de cada dia.”

A recuperação pode ser lenta devido à gravidade do acidente, mas assim como esperamos a breve recuperação do acidentado, esperamos que o fato traga algumas discussões importantes sobre as funções e responsabilidade dos aplicativos de motoristas, novamente, no cenário nacional.

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Leandro Kovacs
Escrito por

Leandro Kovacs

Leandro Kovacs é jornalista e radialista. Trabalhou com edição audiovisual e foi gestor de programação em emissoras como TV Brasil e RPC, afiliada da Rede Globo no Paraná. Atuou como redator no Tecnoblog entre 2020 e 2022, escrevendo artigos explicativos sobre softwares, cibersegurança e jogos. Desde então, atua como editor no Grupo Gridmidia.