China inicia corrida espacial e promete projeto grandioso até 2024

Hugo Cruz

22 de março de 2022

Nos próximos cinco anos, a China espera lançar uma nave robótica para um asteroide e duas missões lunares. O país teve alguns anos de exploração espacial e suas ambições estão prestes a ficar ainda mais ousadas.

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Estação Espacial Tiangong China exibida em uma tela no Centro de Controle Aeroespacial de Pequim.

Estação Espacial Tiangong da China (Imagem: Divulgação/Agência Chinesa de Tecnologia)

A Administração Espacial Nacional da China divulgou uma visão geral de seus planos para os próximos cinco anos, que incluem o lançamento de uma nave robótica para um asteroide, a construção de um telescópio espacial para rivalizar com o Hubble e a criação de um detector de ondas gravitacionais baseado no espaço.

As missões foram destacadas em um livro intitulado “Programa Espacial da China: Uma Perspectiva de 2021“, lançado no mês passado. Os planos continuam a tendência do país de enfatizar missões com a ciência em seu centro, em vez de desenvolvimento e aplicações de tecnologia, diz Shuang-Nan Zhang, astrônomo do Instituto de Física de Alta Energia em Pequim. “Este é um sinal muito bom”, diz ele. “É um aumento contínuo no investimento na exploração do Universo.

China com foco em criar uma base lunar

Não contente em devolver as primeiras amostras lunares à Terra desde a década de 1970, a China aprovou mais três missões lunares em dezembro, todas com foco no pólo sul da Lua (o lado oculto), onde o país está considerando construir uma base lunar.

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O Chang’e-7, com lançamento previsto para 2024, vai realizar um levantamento detalhado do lado oculto da Lua, incluindo o mapeamento da distribuição do gelo em suas crateras sombrias. E o Chang’e-6 vai seguir com o objetivo de trazer de volta amostras de solo polar. O gelo é um tesouro para os cientistas, que podem usá-lo para estudar a história da Lua, e para os futuros exploradores espaciais, que esperam usá-lo como combustível para foguetes e abastecer as bases lunares.

O trabalho também vai passar pelo Chang’e-8, que não está programado para voar até 2030. Esse processo vai testar “tecnologias essenciais” para uma estação de pesquisa lunar internacional tripulada. Esse é o foco do programa lunar da China para depois de 2025.

Rússia e China assinarão um acordo intergovernamental para construir uma base de pesquisa juntos “o mais rápido possível este ano”, disse Wu Yanhua, vice-administrador da Administração Espacial Nacional da China (CNSA), na coletiva de imprensa de lançamento do livro. Ele ressaltou, no entanto, que o empreendimento estava aberto a todas as nações.

Wu acrescentou que a China quer ampliar e aprofundar a colaboração internacional, inclusive na exploração lunar; na estação espacial chinesa, Tiangong, que está em construção; e na exploração planetária.

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Hugo Cruz

Redator Profissional, Comunicador Social e especialista em Produção de Conteúdo Web. Formado em Letras - Inglês e Administração. CEO da Agência Digital Comunicalize.