Com medo Meta pede para que Lei da União Europeia não prejudique empresa; o cerco tá fechando

Mariana Souza

25 de novembro de 2022

Em uma carta feita pela Meta para o comitê parlamentar da União Europeia, a empresa pede que leis que sustentam as empresas de mídias sociais tenham outro tipo de tratamento.

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Ajuste no orçamento: Meta vai parar contratações e empregados podem ser demitidos - Imagem: Dima Solomin on Unsplash

Ajuste no orçamento: Meta pode ter problemas no Reino Unido – Imagem: Dima Solomin on Unsplash

Meta quer outro tipo de tratamento nas leis

Por conta de novas leis alteradas depois que o Reino Unido saiu da União Europeia (movimento conhecido como Brexit), a Meta está pedindo que algumas leis sejam “mantidas explicitamente em outro lugar” ou “removidas do escopo” das leis da UE.

Caso isso não ocorra, o Facebook e o Instagram terão menos chances de operar no Reino Unido, falou Richard Earley, gerente de políticas públicas da Meta no Reino Unido.

O projeto de lei em questão, poderia forçar mídias sociais como o Facebook de deixar a região “por acidente”, diz Stella Creasy, deputada trabalhista, ao The Guardian:

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“Muitos de nós queremos que as empresas de mídia social prestem contas de como suas plataformas são usadas. Fechá-los por padrão não é a maneira de fazer isso, mas a própria Meta diz que é possível por causa do projeto de lei REUL do governo”

Representantes da sociedade civil e também de empresas foram convidados a avaliar as mudanças que viriam deste projeto de lei.

Críticas contundentes sobre o projeto de Lei

Instituições como o  Institute of Directors, sindicatos, incluindo Unison, TUC e Chartered Trading Standards Institute (CTSI) fizeram duras críticas ao projeto de lei.

O CTSI, ligado aos direitos do consumidor do Reino Unido, fez uma carta direta ao governo pedindo que o projeto de Lei seja adiado, pois algumas medidas iriam interferir até em padrões alimentares.

A organização fez uma pesquisa pública e mostrou que os eleitores estavam mais preocupados com o custo de vida do que lidar com este projeto da UE para o assunto.

O projeto está na Câmara dos Comuns e pretende “eliminar até 4.000 leis que cobrem tudo, desde testes de cosméticos em animais até pagamento de férias e direitos de compensação de passageiros, a menos que sejam ativamente salvos por um ministro.”

A mudança está sendo muito criticada em toda a região por ser considerada “antidemocrática” por juristas do Reino Unido e também pela rapidez que o autor do projeto, Jacob Ree-Mogg, que era ministro dos negócios, o colocou em votação.

Isso porque grandes empresas estrangeiras podem ser atingidas por conta das mudanças e, de acordo com algumas instituições, as alterações não foram discutidas como deveriam.

Agora a Meta está correndo atrás para não perder mercado na Europa.

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