Como proteger seu telefone antes de participar de um protesto?

Leandro Kovacs

25 de julho de 2022

Esteja atento e ciente que o seu celular, além de informações sobre você, também funciona como um dispositivo para rastreamento. Com as habilidades tecnológicas nas mãos dos governos, saiba como proteger seu telefone antes de participar de um protesto.

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(Imagem: Mat Napo/Unsplash)

Diversas ações podem ser feitas para aumentar a proteção de um aparelho celular durante uma manifestação ou protesto, nos quais existem interesses de “forças maiores” em rastrear ou perseguir os manifestantes.

1. Seja responsável ou deixe-o em casa

É bom lembrar que acidentes podem acontecer, algumas vezes, manifestações podem sair de controle ou as autoridades, reprimem o protesto, seja com bombas de efeito moral, prisões ou agressões.

Em meio a confusão, o aparelho pode cair e ser perdido, furtado, quebrado ou apreendido pelas autoridades. Os smartphones são como “mini” computadores, e também deixam rastros digitais, tenha isso em mente antes de ir para um local potencialmente perigoso levando o dispositivo.

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Caso não seja extremamente necessário levar o seu smartphone — emergências de contatos —, deixe-o em casa. Comunicações também podem ser bloqueadas ao comprometer o sinal das operadoras.

2. Use senha biométrica para proteger o telefone

Em situações que decida levar o seu aparelho, a primeira dica para protegê-lo é adicionar uma senha biométrica, desse modo, em caso de perda ou apreensão das autoridades, seus dados estarão protegidos, pelo menos por um tempo, permitindo o deslocamento para um local seguro.

Se conhecer apps que criptografam o conteúdo do aparelho, melhor ainda, não facilite o acesso aos seus dados e faça uma criptografia mais complexa possível. O iPhone, por exemplo, tem ferramentas nativas para isso.

3. Celular desligado ou em modo avião

Os aparelhos trocam e transmitem informações o tempo todo, mas quando desligados ou em modo avião, paralisam a troca de dados tão abertamente.

Essa simples atitude, impede que as “ameaças” saibam onde você está localizado e em quais torres de celular foram feitas conexões.

Existe um tipo de interferência específica já denunciada em algumas ocasiões como método policial em manifestações.

Outro aparelho é disfarçado como uma torre de celular (que nos conectamos para usar o smartphone), permitindo a coleta dados e localização, sua e de outros telefones ao seu redor. Não se conecte ou faça transmissões ao vivo.

4. Se possível, use VPN para proteger seu telefone

É uma boa forma de criptografar e esconder a sua conexão. Evite exposição de suas atividades durante uma manifestação, mas fique atento ao país que se conectar através da rede.

Os EUA e alguns exemplos da Europa são obrigados a fornecer dados se solicitados por autoridades, fuja dessa cilada.

Existem muitas outras formas de proteção, como utilizar apenas aplicativos “blindados”, como Tor, mas está somente disponível para Android.

No mais, a melhor forma de proteger seu aparelho e dados é não estando com ele em zona de “possível confronto”.

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Leandro Kovacs
Escrito por

Leandro Kovacs

Leandro Kovacs é jornalista e radialista. Trabalhou com edição audiovisual e foi gestor de programação em emissoras como TV Brasil e RPC, afiliada da Rede Globo no Paraná. Atuou como redator no Tecnoblog entre 2020 e 2022, escrevendo artigos explicativos sobre softwares, cibersegurança e jogos. Desde então, atua como editor no Grupo Gridmidia.