Contas antivacinas “verificadas” crescem MUITO no Twitter; o que está acontecendo?

Mariana Souza

22 de novembro de 2022

Desde que Elon Musk comprou o Twitter, a plataforma vem passando por várias polêmicas, uma das maiores é em relação aos verificados – por conta da propagação de contas falsas e fake news. Não que isso seja uma questão particular de agora, mas a coisa está ficando feia!

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contas verificadas antivacinas ganham espaço no Twitter (Imagem: Divulgação/Pexels)

contas verificadas antivacinas ganham espaço no Twitter (Imagem: Divulgação/Pexels)

Notícias falsas se alastram por selos verificados no Twitter

Uma das principais e primeiras mudanças feitas pelo Twitter depois da aquisição da plataforma feita por Elon Musk, foi instituir o pagamento do selo de verificação para perfis.

Com isso, milhares de contas já verificadas foram excluídas e novas, muitas vezes com estes usuários, foram sendo feitas por criadores de conteúdo propagando notícias falsas.

Agora, sob a diretoria de Musk, várias contas que são abertamente antivacinas e estão propagando notícias falsas sobre saúde possuem dezenas de milhares de seguidores com seu perfil verificado.

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A verificação, na verdade, está dando uma falsa sensação de legitimidade e um também falso senso de validade a essas contas, que estão espalhando fake news a “rodo” – notícias até bem perigosas, como as que confrontam a eficácia de vacinas.

Isso acontece, pois o próprio algoritmo do Twitter dá mais visibilidade para contas verificadas e as classificam melhor no ranking de pesquisas da plataforma.

Confusão entre censura e propagação de mentiras

Em meio a isso, outras contas começaram a cair por conta da propagação de notícias falsas em massa, o que é contraditório, já que muitas dessas contas têm o selo de verificação e deveriam atestar o compromisso com a verdade.

Aliás, alegam que este tipo de coisa ocorre por conta de “censura” ou “liberdade de expressão”, entretanto, em vários países, o atentado contra a legitimidade de termos de saúde e até políticos é crime.

Peter Hotez, cientista de vacinas e reitor de medicina tropical no Baylor College of Medicine, coloca ao The Guardian:

“Parece que agora eles estão indo na direção errada e, na verdade, ajudam a promover grupos que estão divulgando desinformação antivacina e anticiência.”

Lembremos o caso da farmacêutica Eli Lilly, que sofreu com uma alegação falsa e seu valor de mercado despencou.

Durante a pandemia, a propaganda antivacina aumentou dramaticamente e atingiu vários países pelo mundo.

Embora não seja só isso o que o Twitter terá que enfrentar a partir de agora, o seu novo dono tem estado envolto em tensões que também envolvem  essa propagação de notícias falsas.

Fora isso, a empresa fez uma demissão em massa e a rede social está mais abalada do que nunca.

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