Elon Musk estava certo? Ex-chefe de segurança do Twitter desmascara o microblog e pode virar o jogo

Moyses Batista

25 de agosto de 2022

Em meio a uma guerra na justiça com Elon Musk, o Twitter topou com uma grande pedra no caminho chamada Peiter ‘Mudge’ Zatko. Desse modo, o ex-chefe de segurança da rede social trouxe a público questões relacionadas às negligências que a empresa tem.

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A casa caiu: Twitter é desmascarado por ex-chefe de segurança

A casa caiu: Twitter é desmascarado por ex-chefe de segurança – Imagem: Reprodução/Freepik

O que Peiter Zatko revelou sobre o Twitter

Se você gosta de saber das novidades por trás das redes sociais, bem, o negócio está pegando fogo nos bastidores. Se a acusação de Elon Musk e o seu pedido ao relatório sobre o número de bots na plataforma parecia uma desculpa, ao que parece ele não estava errado.

Afinal, Peiter foi um lendário hacker que virou especialista em segurança cibernética. Além de ter efeito na disputa entre o Twitter e Elon Musk, isso pode levar a outras consequências além de multas federais.

Zatko, demitido em janeiro deste ano, falou que sua demissão seria uma retaliação, já que ele teria se negado a ficar quieto sobre as negligências de segurança.

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O The Verge destacou que “No mês passado, [Peiter] apresentou uma queixa à Securities and Exchange Commission (SEC) que acusa o Twitter de enganar os acionistas e violar um acordo que fez com a Federal Trade Commission (FTC) para manter certos padrões de segurança”.

As acusações de Peiter totalizaram 200 páginas, e a CNN e o The Washington Post tiveram acesso ao documento.

Algumas das acusações de Peiter ‘Mudge’ Zatko

É claro que em 200 páginas cabe uma quantidade imensa de acusações, mas destacamos a seguir algumas que são muito graves, e podem complicar a situação do Twitter:

  • Ignorar bots: isso mesmo, a empresa além de não ter comprovado a Elon Musk que apenas 5% da rede é composta por bots, fez algo gravíssimo. Segundo Zatko, a empresa paga um bônus de até US$ 10 milhões para fraudar a contagem.
  • Acesso a dados pessoais e sistemas críticos: esta acusação não é tão legal, afinal, segundo Mudge, mais da metade dos funcionários têm acesso a dados de usuários. Além disso, ele também alegou que existem milhares de laptops com uma cópia do código-fonte do Twitter.
  • Agentes do governo no Twitter: por fim, a última acusação que traremos é sobre um caso na Índia. Zatko alega que o governo indiano obrigou a empresa a contratar um agente do governo. Assim, o Twitter, sendo um alvo para organizações que querem reprimir a liberdade de expressão, ficou exposto para um país. Afinal, o agente teve acesso a dados pessoais contidos dentro do site.

Existem outras queixas tão pesadas quanto as que destacamos aqui, mas a partir destas dá para ver que foi uma péssima ideia demitir o Peiter.

Fonte: The Verge

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