Governo Polonês está usando malware para espionar; como se proteger?

Hugo Cruz

30 de dezembro de 2021

O Governo Polonês é acusado de usar malware para espionar membros do parlamento que eram de lado oposto ao governo. Segundo as acusações advogados e ativistas também foram espionados.

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Governo da Polônia é acusado de usar malware

Imagem: FT

Governo nega acusações de espionagem

Obviamente, o governo veio a público negar as acusações de espionagem digital e Stanislaw Zaryn, o porta-voz dos serviços de segurança do governo, negou as acusações dizendo que softwares desse tipo só são usados em casos sob ordem judicial.

Aproveitando a deixa ele chamou de “falsa” qualquer acusação que aponta o governo como responsável por qualquer tipo de espionagem, sem confirmar ou negar, é claro, que o governo polonês é ou já foi um dos clientes do NSO, grupo que desenvolveu o Pegasus, spyware que mais uma vez se encontra no meio de um escândalo envolvendo espionagem.

Espionagem governamental 

Não é a primeira vez que o Pegasus está envolvido em algum escândalo do tipo, Kzystof Brejza, senador e líder do partido da Plataforma Cívica, relatou ter seu celular comprometido mais de 30 vezes nos seis meses anteriores às eleições de 2019.

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Mensagens comprometedoras obtidas a partir do celular do candidato foram veiculadas pela TV estatal polonesa. Ele afirma que os textos foram adulterados para fazer parecer que ele criou grupos e enviou mensagens de ódio a membros da situação.

Voltando para o caso atual, outras autoridades e ará mesmo a própria NSO se pronunciaram em relação ao possível ataque. O primeiro-ministro, Mateusz Morawiecki, deu uma de Bolsonaro e saiu taxando tudo como fake News.

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Já o ministro da justiça, Zbigniew Ziobro, negou qualquer conhecimento sobre a utilização de tais softwares contra cidadãos, mas confirmou que as autoridades polonesas já utilizaram softwares assim pois elas não são “impotentes” perante crimes digitais.

O Grupo NSO se pronunciou dizendo não ter controle, nem conhecimento, sobre quem seus clientes atacam e afirmou trabalhar apenas com autoridades e forças policiais.

A companhia não confirmou se a Polônia é ou não sua cliente, mas deixou claro que devido as suas políticas de tolerância zero ao abuso de poder já chegou até a encerrar contratos com governos envolvidos no uso ilegal da ferramenta, mais uma vez nomes não foram citados.

Em resposta ao possível ataque parlamentares da União Europeia irão lançar investigações para apurar o possível abuso no uso do Pegasus.

FONTE: AP News

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Hugo Cruz

Redator Profissional, Comunicador Social e especialista em Produção de Conteúdo Web. Formado em Letras - Inglês e Administração. CEO da Agência Digital Comunicalize.