Maiores ondas da história: extinção dos dinossauros também estaria ligada a água, segundo estudo

Mariana Souza

12 de outubro de 2022

Um novo estudo científico apontou que um tsunami inicial, seguido de outros com diversos de tamanhos colossais, foram formados após a colisão de meteorito e que, talvez, tenha sido outro fator decisivo na extinção dos dinossauros na Terra.

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Simulação do tsunami. (Imagem: divulgação/AGU Advances)

Simulação do tsunami. (Imagem: divulgação/AGU Advances)

Simulação mostra que água pode ter dizimado dinossauros

Um novo estudo feito pelo Departamento de Ciências Ambientais e Terra da Universidade de Michigan, trouxe uma nova hipótese sobre a extinção dos dinossauros.

A partir de simulações, estima-se que aproximadamente 65 milhões de anos atrás, um meteorito atingiu o que conhecemos hoje como a Península de Yucatán no México, causando não só o fim da Era dos dinossauros, mas também a extinção de aproximadamente três quartos de todas as espécies vegetais e animais.

Por conta deste impacto, um gigante tsunami foi formado e, segundo o novo estudo, novas hipóteses sobre a aniquilação dos dinossauros foram despertas.

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Após analisarem mais de 100 lugares em todo o planeta, os cientistas descobriram evidências e simularam modelos digitais com as ondas colossais após a colisão com a Terra.

Molly Range, uma das pesquisadoras do Departamento de Ciências Ambientais e Terra da Universidade de Michigan, afirmou:

“Este tsunami foi forte o suficiente para perturbar e erodir sedimentos em bacias oceânicas do outro lado do mundo”.

Publicada na revista científica AGU Advances, a pesquisa usou de base outras descobertas anteriores, mas trazendo novas evidências sobre o que realmente ocorreu naquele momento.

Colisão do asteroide gerou mega tsunami

Os estudos apontam que o meteorito atingiu a terra com cerca de 43.500 km/h ou 35 vezes a velocidade do som.

Depois da colisão, criou-se uma cratera entre 100 e 200 km de largura, onde uma nuvem densa de fuligem e poeira levantou.

Após 10 minutos do impacto, uma onda de tsunami de 1,6 km de altura e a cerca de 220 km do impacto varreu o golfo em todas as direções possíveis.

Apenas uma hora após a colisão, o tsunami criado saiu do Golfo do México e rumou para o Atlântico Norte. Quatro horas depois, seguiu em direção ao Pacífico.

Um dia depois, as ondas estavam por toda a parte do Pacífico e Atlântico, chegando no oceano Índico em ambos os lados. Dois dias depois, todo o planeta estava envolto nos tsunamis.

As simulações mostram que o Atlântico Norte e o Pacífico Sul foram os mais atingidos.

Os autores do estudo colocaram que:

“Dependendo das geometrias da linha de costa e das ondas que avançam, a maioria das regiões costeiras seria inundada e erodida até certo ponto. Qualquer tsunami historicamente documentado não é nada comparado a um impacto global”.

Os estudos continuam para revelar mais detalhes do grande fenômeno.

Com informações: AGU Advances.

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