Maiores ondas da história: extinção dos dinossauros também estaria ligada a água, segundo estudo

Em novo estudo apontado por pesquisadores da Universidade de Michigan, simulações mostram que tsunami gigantesca também dizimou dinossauros.

Um novo estudo científico apontou que um tsunami inicial, seguido de outros com diversos de tamanhos colossais, foram formados após a colisão de meteorito e que, talvez, tenha sido outro fator decisivo na extinção dos dinossauros na Terra.

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Simulação do tsunami. (Imagem: divulgação/AGU Advances)

Simulação do tsunami. (Imagem: divulgação/AGU Advances)

Simulação mostra que água pode ter dizimado dinossauros

Um novo estudo feito pelo Departamento de Ciências Ambientais e Terra da Universidade de Michigan, trouxe uma nova hipótese sobre a extinção dos dinossauros.

A partir de simulações, estima-se que aproximadamente 65 milhões de anos atrás, um meteorito atingiu o que conhecemos hoje como a Península de Yucatán no México, causando não só o fim da Era dos dinossauros, mas também a extinção de aproximadamente três quartos de todas as espécies vegetais e animais.

Por conta deste impacto, um gigante tsunami foi formado e, segundo o novo estudo, novas hipóteses sobre a aniquilação dos dinossauros foram despertas.

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Após analisarem mais de 100 lugares em todo o planeta, os cientistas descobriram evidências e simularam modelos digitais com as ondas colossais após a colisão com a Terra.

Molly Range, uma das pesquisadoras do Departamento de Ciências Ambientais e Terra da Universidade de Michigan, afirmou:

“Este tsunami foi forte o suficiente para perturbar e erodir sedimentos em bacias oceânicas do outro lado do mundo”.

Publicada na revista científica AGU Advances, a pesquisa usou de base outras descobertas anteriores, mas trazendo novas evidências sobre o que realmente ocorreu naquele momento.

Colisão do asteroide gerou mega tsunami

Os estudos apontam que o meteorito atingiu a terra com cerca de 43.500 km/h ou 35 vezes a velocidade do som.

Depois da colisão, criou-se uma cratera entre 100 e 200 km de largura, onde uma nuvem densa de fuligem e poeira levantou.

Após 10 minutos do impacto, uma onda de tsunami de 1,6 km de altura e a cerca de 220 km do impacto varreu o golfo em todas as direções possíveis.

Apenas uma hora após a colisão, o tsunami criado saiu do Golfo do México e rumou para o Atlântico Norte. Quatro horas depois, seguiu em direção ao Pacífico.

Um dia depois, as ondas estavam por toda a parte do Pacífico e Atlântico, chegando no oceano Índico em ambos os lados. Dois dias depois, todo o planeta estava envolto nos tsunamis.

As simulações mostram que o Atlântico Norte e o Pacífico Sul foram os mais atingidos.

Os autores do estudo colocaram que:

“Dependendo das geometrias da linha de costa e das ondas que avançam, a maioria das regiões costeiras seria inundada e erodida até certo ponto. Qualquer tsunami historicamente documentado não é nada comparado a um impacto global”.

Os estudos continuam para revelar mais detalhes do grande fenômeno.

Com informações: AGU Advances.

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Mariana Souza
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