Se não cuidar da Terra antes de observar o espaço, não existe salvação

Mariana Souza

30 de junho de 2022

Lagoas derretidas, gelo de verão e muito mais, NASA está usando o seu laser espacial para coletar dados sobre mudanças no clima da Terra.

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ICESat-2 da NASA. (Imagem: Divulgação/NASA)

Novos estudos da NASA mostram alguns dados atualizados sobre o degelo na Terra. O gelo marinho do Ártico perdeu cerca de um terço de seu volume desde 2003, afirma a pesquisa. Além disso, mostram descobertas de novos lagos glaciais abaixo da superfície. 

Já na latitude intermediária (que fica bem no meio do planeta), há mudanças nos reservatórios de água por conta da atividade humana. 

Essas são apenas algumas das mais de 100 novas descobertas científicas feitas com dados precisos com 12 trilhões de medições a laser coletadas do Ice, Cloud and land Elevation (Gelo, Nuvem e Terra)  Satellite-2 (ICESat-2) da NASA.

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Lançado em setembro de 2018, o ICESat-2 já recolheu dados de gelo, praias tropicais, florestas boreais e áreas urbanas.

Depois de três anos de pesquisas intensas, o resultado foi a autorização para continuar as pesquisas voltadas para as mudanças tão drásticas no clima da Terra em pouco tempo. 

Mudanças no clima observados pela NASA

Alex Gardner, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA no sul da Califórnia, afirma que o surpreendente do ICESat-2 é a diversidade de campos científicos que podem ser usados com o satélite. Abrangendo a ciência oceânica a hidrologia, a criosfera, a biosfera. 

De acordo com Gardner: “eu sabia que haveria muitas maneiras de usar os dados, mas não acho que previ a rapidez com que isso aconteceria. Estou ansioso para o tsunami de estudos que está chegando.”

Um dos pontos destacados, são as lagoas de derretimento que existem na Antártida. 

Caso consigam mais acesso, será possível medir a profundidade e trazer respostas sobre o armazenamento de água líquida na superfície da camada de gelo, algo difícil de estimar. 

O que mais choca sobre o ICESat-2, é a eficiência e a exatidão que os dados são trazidos, tanto de poeira de neve até camadas profundas de gelo.

Há também a questão do derretimento das calotas polares que vem aumentando ano após ano. Agora, com estes novos estudos, será mais fácil de conseguir identificar onde o degelo está ocorrendo de forma agressiva. 

Um dos gerentes da NASA, Thorsten Markus, afirma: “O ICESat-2 foi além do que foi projetado. À medida que entramos em cinco, seis, sete anos de dados, podemos realmente observar os sinais climáticos, além do que são por conta do clima. Então, se torna realmente interessante e podemos entender melhor como o clima está impactando os polos.”

A aposta no ICESat-2 é grande!

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