O assustador Vulcão Tonga quebra todas as expectativas dos cientistas com seu comportamento incomum

Mariana Souza

14 de dezembro de 2022

Desde janeiro deste ano, o vulcão Tonga, que fica no Oceano Pacífico, entrou em erupção e os cientistas estão registrando todo o processo em imagens. Agora, segundo os pesquisadores, uma quantidade enorme de magma atingiu a parte inferior do vulcão.

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Fotos da explosão do vulcão Tonga obtidas via satélite. (Imagem: NASA)

Fotos da explosão do vulcão Tonga obtidas via satélite. (Imagem: NASA)

Vulcão Tonga: maior explosão atmosférica já registrada

O vulcão Hunga-Tonga Hunga-Ha’apai, conhecido como Tonga, estava sendo monitorado quando, em janeiro deste ano, entrou em erupção.

De lá para cá, cientistas do mundo todo que estudam sobre geologia perceberam que o fenômeno estava com uma intensidade diferente.

Calculou-se que a cada cinco minutos, havia uma descarga de magma de mais de 1 bilhão de toneladas atingindo o interior do vulcão.

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Isso fez com que o monte submarino produzisse a maior explosão atmosférica já registrada – maior até que as bombas nucleares jogadas no Japão durante a Segunda Guerra Mundial. Mais de 10 km cúbicos de rocha foram deslocados céu acima por conta da magnitude da explosão.

Por conta disso, vários pesquisadores e geólogos do mundo todo se reuniram em Chicago, no Congresso Geofísico da América (American Geophysical Union, AGU, em Inglês) e começaram a comparar seus estudos.

Em entrevista à BBC News, Yingcai Zheng , da Universidade de Houston, disse:

“O pulso do magma está subindo em alta velocidade e é como um trem atingindo a base da parede. Martelou quatro vezes em 300 segundos”

Sendo observado por satélites da NASA

As fuligens provocadas pelo vulcão Tonga foram registradas por satélites a mais de 57 km acima da superfície da Terra – a maior distância registrada até agora. Entretanto, dados da AGU mostram que a perturbação do Tonga chegou até o espaço.

Os cientistas não ficaram surpresos com o arranque de água do vulcão, já que isso é bem normal, mas sim com o alcance dele. Provou-se também que há até uma concentração de raios ultravioletas, absorvidos do Sol.

Chris Vagasky é meteorologista da Vaisala Inc trabalhando e atuando em uma rede que detecta as emissões de radiofrequência associadas a eventos de raios e disse:

“Estávamos obtendo taxas de raios de até 5.000 a 5.200 eventos por minuto. Isso é uma ordem de magnitude maior do que você veria em tempestades de supercélulas – algumas das tempestades mais fortes que existem neste planeta”

A explosão do Tonga foi tão poderosa que produziu um flash de raios gama, altamente radioativos, detectado no espaço por um satélite da NASA.

Para se ter uma ideia, esse mesmo tipo de raio é visto em buracos negros. Foi a primeira vez que se registrou isso na Terra. Por “sorte” o Tonga está localizado dentro do oceano, mas existem outros exemplos espalhados pelo planeta, inclusive perto do Brasil.

Com informação: BBC.

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