O que é a evolução das estrelas?

Leandro Kovacs

24 de fevereiro de 2023

É todo esse conjunto de processos que passam os corpos celestes que definitivamente estão em constante evolução e mudança. Desde os períodos embrionários do que será uma estrela, até seu momento de “descanso final”, milhões ou até bilhões de anos se passam e por isso é tão marcante sua jornada. Neste artigo, vamos tentar resumir o que é a evolução das estrelas.

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Imagem das explosões de plasma do Sol. (Imagem: Miguel Claro)

(Imagem: Miguel Claro)

O que é a evolução das estrelas?

Se formos tentar resumir de forma mais prática e simples possível, podemos dizer que o fenômeno é o processo de envelhecimento ou a jornada de vida de uma estrela. Assim como nós, esses corpos celestes gigantes passam pelo momento de surgimento, amadurecimento, envelhecimento e seu estágio final.

Quando queremos estudar a evolução das estrelas, mencionado anteriormente como a observação das transformações das estrelas durante seu ciclo de vida, precisamos definir bem cada estágio.

Essa sequência de mudanças ocorre de forma lenta, mas tem seus detalhes bem traçados e marcantes. Toda a vida de uma estrela pode levar bilhões de anos, por isso os estudos são baseados em análises de características e estimativas simuladas feitas pela computação.

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Como as estrelas evoluem e morrem?

Nascimento

  • Gigante Gasosa: esse é o primeiro estágio do que será uma estrela, uma nuvem gigante de gás fazendo sintetização de moléculas. Se a formação estelar ocorre dentro da nuvem, ela pode ser referida como um berçário estelar. A densidade e tamanho permitem a formação de moléculas, a absorção de nebulosas, e a formação de hidrogênio atômico ionizado. Apesar de serem o início de tudo, para que isso aconteça, as forças gravitacionais devem ser suficientes para fazer o gás e a poeira entrarem em colapso.
  • Protoestrela: começa a criação de energia térmica entre a interação das partículas da nuvem, um aglomerado de moléculas quente no espaço. Este aglomerado molecular é conhecido como a protoestrela.
  • Estágio T-Tauri: uma enorme quantidade de energia é liberada nessa fase. Porém, a temperatura média contida na estrela Tauri não é suficiente para suportar a fusão nuclear em seu núcleo. É uma espécie de fase intermediária entre a protoestrela e as estrelas que já praticam a fusão nuclear.

Evolução (fase principal)

Nave da NASA vai capturar erupção solar

O Sol ainda se encontra na fase principal – Imagem: Reprodução/Pexels

Esse sem dúvida é o estágio mais importante e digamos que “útil” de uma estrela. A fase principal onde as atividades de desenvolvimento ocorrem. A temperatura do núcleo atinge o ponto para o início da fusão (processo vital para a queima e transformação de energia na estrela).

Os prótons do hidrogênio são convertidos em átomos de hélio durante este processo. Toda a reação e resultados são exotérmicos, situação que faz a estrela liberar mais calor do que a fase anterior. O núcleo funciona como um grande “canhão” de liberação de energia.

Idade avançada (Gigante vermelha)

O único propósito desta estrela gigante vermelha é converter átomos de hidrogênio em átomos de hélio, porém o hidrogênio é finito e tende a acabar. As estrelas gigantes vermelhas possuem superfícies “mais frias” em comparação com as estrelas da fase principal.

Por essa razão, elas parecem mais vermelhas do que amarelas. Resumindo, podemos dizer que a gigante vermelha é uma estrela moribunda, naturalmente nas últimas etapas da evolução estelar pela escassez do seu material vital para queima energética.

Morte, estado inerte e transformação

Resumindo o início do fim: aqui o mais importante é definir se uma estrela no fim de sua vida entrará em colapso ou não. As moléculas de hidrogênio estão no fim e o hélio já é predominante, porém, o hélio pode fundir no núcleo. A energia gerada por essa reação evitará que o núcleo entre em colapso.

O resultado desse processo com o hélio no núcleo é o encolhimento deste. Após o termino de hélio disponível para a fusão nuclear, o carbono assume esse papel. Chegamos ao grande lance, esse processo continuará até que outros materiais pesados e o ferro apareçam no núcleo. Haverá a absorção de energia por uma reação de fusão de ferro e isso poderia resultar em colapso no núcleo.

Tudo aqui depende do tamanho da estrela lá na fase principal. Enquanto as estrelas grandes são transformadas em supernovas com essa reação impulsiva e massiva. As estrelas menores, como o nosso Sol, podem se contrair em anãs brancas, quase uma aposentadoria.

Após a reação de fusão, a maioria dos materiais da estrela pode ser ejetada e segregada no espaço, o que chamamos de supernova. No entanto, o núcleo irá implodir em uma singularidade, referida como um buraco negro, ou em uma estrela de nêutrons. Lembrando que isso se atenta apenas as estrelas maiores, pois estrelas menores não explodem. Seus núcleos se contraem, se transformando nébulas planetárias e em anãs brancas.

Buraco negro “vomitando” uma estrela? Cientistas não tem ideia do porquê isso está acontecendo!

Buraco negro é um dos fins transformados possíveis após a vida de uma estrela – Imagem: Reprodução / Centro de Astrofísica Harvard & Smithsonian

Como funciona a fusão das estrelas?

É basicamente a transformação de elementos mais leves do núcleo estelar em outros cada vez mais pesados. Um processo gradual que normalmente começa com o hidrogênio e termina com a fusão de carbono ou ferro. O processo é feito para gerar energia, mas quando chega ao fim dizemos que a estrela ficou sem “combustível” e está mais próxima de entrar em colapso.

Quais são as etapas de evolução das estrelas?

  1. Gigante gasosa;
  2. Protoestrela;
  3. Estrela T-Tauri;
  4. Fase principal;
  5. Gigante vermelha;
  6. Fim do combustível e fusão de elementos mais pesados;
  7. Fim (Anã branca, supernova, estrela de nêutrons e buraco negro).

Qual é a cor de uma estrela?

Amarela quando está na fase principal por ter alta luminosidade devido à queima extrema de energia e vermelha quando se encontra já com baixas reservas de combustíveis na fase da gigante vermelha.

Com informação: Espaçotempo, School observatory, NASA, Turito.

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