Rússia obriga Netflix a exibir conteúdo polêmico contra vontade da empresa

Cecilia Parente

4 de janeiro de 2022

Depois de multar a Google e a Apple por não banirem conteúdos sinalizados como “ilegais” a Rússia vai exigir que a Netflix exiba canais de TV ao vivo, conforme noticiou o The Moscow Times no dia 29/12/2021.

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De acordo com o Roskomnadzor o Serviço Federal de Supervisão de Comunicações, Tecnologia da Informação e Meios de Comunicação de Massas passou a classificar o streaming como “serviço audiovisual”, obrigando o streaming a transmitir pelo menos 20 canais de TV para os usuários locais, caso deseje manter suas atividades no país.

Russia obriga Netflix a exibir conteúdo que empresa não deseja

Imagem: Pexels

Punição à Netflix

Os canais Spas, pertencente à Igreja Ortodoxa Russa, Channel One, de propriedade do Estado e a NTV, com focos em notícias e entretenimento, estão presentes no pacote exigido pelo governo russo.

Segundo o jornal, a Netflix terá que estabelecer uma subsidiária no país. A Netflix russa é operada pela empresa Entertainment Online Service, uma subsidiária do National Media Group. De acordo com o site Engadget, o grupo em questão possui uma participação no canal Channel One.

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A partir de março de 2022, essa obrigatoriedade passará a valer sob o alvo de séries críticas já a maioria das emissoras são utilizadas para divulgação de propaganda a favor da administração liderada pelo presidente Vladimir Putin.

Facebook, Whatsapp, Google e Twitter são multados

De acordo com a Lei de Localização de Dados, em vigor desde 2015 no país, as empresas foram multadas por não armazenarem dados de usuários russos dentro da fronteira da Rússia e por não removerem conteúdos que incitam o ódio religioso além de promoverem pontos de vista de “organizações extremistas e terroristas”.

O LinkedIn foi banido do país em 2016 como uma demonstração de força assim que a lei começou a ser aplicada.

O governo russo bloqueou doze sites ligados a críticos antes das eleições parlamentares em setembro. O Google e a Apple teriam sido ordenados a remover um aplicativo do lado de oposição ao Kremlin.

Quase 600 empresas armazenam dados de usuários segundo Roskomnadzor, incluindo nomes como Apple, Microsoft, LG, Samsung, PayPal e Booking.

As multas aplicadas

  • WhatsApp: R$ 283 mil
  • Facebook: R$ 1 milhão
  • Twitter: R$ 1,2 milhão
  • Google: R$562 milhões

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Cecilia Parente

Redatora, Especialista em Produção de Conteúdo para a Web com formação em Webdesign e Marketing Digital. Estudante de Programação Back-End, Entusiasta de Tecnologia e redatora na BitMagazine trazendo as últimas notícias e informações sobre o mundo tecnológico.