Sem enrosco; órgão brasileiro (CADE) APROVA a compra da Activision Blizzard pela Microsoft

Rodrigo Pscheidt

6 de outubro de 2022

Enquanto no Reino Unido as negociações da compra da Activision Blizzard pela Microsoft viraram uma novela, aqui no Brasil não teve enrolação. O órgão regulamentador brasileiro já aprovou o negócio!

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Fonte: Microsoft/Reprodução

O CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) é o órgão brasileiro que fiscaliza esse tipo de coisa. Em um despacho publicado hoje, o CADE reconheceu a legitimidade da negociação.

O breve documento pode ser consultado diretamente pelo site oficial do CADE. Na prática, a aprovação significa que, em território brasileiro, a aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft não fere nenhum direito constitucional, nem configura monopólio ou qualquer outra prática que seria prejudicial ao mercado.

A aprovação pelo órgão regulamentador brasileiro é bem-vinda, mas não exime a Microsoft do escrutínio de outros territórios. Os Estados Unidos, a União Europeia e Reino Unido são outros gigantes de mercado que ainda precisam aprovar o negócio.

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A novela Microsoft + Activision Blizzard

No Reino Unido, a situação está especialmente demorada. A Sony está fazendo tudo o que pode para atrasar a aprovação, sob a alegação de que isso seria ruim para a competitividade do mercado.

A preocupação da Sony, claro, tem a ver com o grande número de franquias famosas que passarão a ser da Microsoft com o negócio. Caso a compra se concretize, a Microsoft passará a ser a terceira maior empresa de games do mundo.

Isso porque o catálogo da Activision Blizzad envolve IPs (propriedades intelectuais) de renome, como Overwatch, Diablo, World of Warcraft e Guitar Hero.

Porém, a maior preocupação da Sony é com Call of Duty. Com lançamentos anuais que movimentam milhões de dólares, a franquia de tiro em primeira pessoa (FPS) da Activision tem uma grande base de jogadores no Playstation.

Embora acordos já tenham sido firmados para garantir que Call of Duty continue chegando ao Playstation nos próximos anos, a Sony não desistiu. Recentemente, até mandou Jim Ryan, o “chefão do Playstation”, para Bruxelas, com o provável intuito de expor seus argumentos perante a comissão que investiga a compra.

A Microsoft segue tentando provar que a negociação não vai fazer mal para ninguém. De fato, a empresa lançou uma página dedicada a esclarecer e tirar dúvidas.

Segundo a companhia, a aquisição trará benefícios não só para os jogadores, como também para desenvolvedores e para a indústria dos videogames toda. Apesar desse clima de transparência, o CEO da Microsoft chamou a Sony para a briga recentemente.

Vamos continuar acompanhando de perto os próximos capítulos dessa novela, torcendo para que o desfecho seja favorável para todos os envolvidos.

Com informações: CADE

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