Desesperada, Sony envia “chefão” do Playstation para atrapalhar a vida da Microsoft

Rodrigo Pscheidt

3 de outubro de 2022

O processo de compra da Activision Blizzard pela Microsoft começou lá em janeiro, mas segue incomodando a concorrência, que vai dando um jeitinho de atrasar a conclusão da negociação. Desta vez, o CEO da Sony, Jim Ryan, e até um representante do Google foram expor suas preocupações.

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Jim Ryan, CEO da Sony Interactive Entertainment. Fonte: Sony/Reprodução

Conforme noticiado anteriormente, o incômodo da Sony fez com que a CMA (Autoridade de Competição e Mercado) do Reino Unido abrisse uma investigação sobre o caso. Enquanto os investigadores fazem seu trabalho, a Sony segue buscando novas formas de atrapalhar o fechamento da negociação.

Desta vez, ninguém menos que Jim Ryan, CEO da Sony Interactive Entertainment, foi até Bruxelas para se posicionar sobre o acordo bilionário da concorrente.

O empresário teria viajado para a capital da Bélgica, reforçando sua preocupação em relação ao negócio que, supostamente, coloca em risco a competitividade do mercado.

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Ryan estaria acompanhado de um representante do Google. Como assim? Aparentemente a empresa também tem ressalvas em relação à aquisição. Como isso afetaria o Google? Ainda não sabemos, mas é curioso ver a gigante envolvida no lobby.

Por que Jim Ryan está tão incomodado com a negociação?

A preocupação da Sony, claro, tem a ver com o grande número de IPs (propriedades intelectuais) — dos títulos de games — que passarão a ser da Microsoft com o negócio. Caso a compra se concretize, a Microsoft passará a ser a terceira maior empresa de games do mundo.

Aí entram diversos jogos importantes: Call of Duty, Diablo, Overwatch, Tony Hawk’s Pro Skater e World of Warcraft são apenas algumas das grandes franquias produzidas e/ou publicadas pela Activision Blizzard.

O jogo que causa maior preocupação é o Call of Duty. Com lançamentos anuais que movimentam milhões de dólares, a franquia de tiro em primeira pessoa (FPS) tem uma grande base de jogadores no Playstation.

Na verdade, acordos já foram assinados para garantir que a franquia de tiro em primeira pessoa continue chegando ao Playstation nos próximos anos. Mas a oferta não foi suficiente para a Sony, que reclamou do acordo e esperava algo mais perpétuo, para não ficar sem Call of Duty no futuro.

Embora a Microsoft não tenha falado em exclusividade, na prática, com o fechamento da compra, ela passaria a ser dona de Call of Duty, podendo vetar (ou não) o acesso da concorrente à franquia.

A troca de farpas entre as empresas vem se intensificando conforme a negociação se arrasta. Recentemente, Satya Nadella, CEO da Microsoft, chamou a Sony para a briga ao dizer “Se isso é sobre competição, vamos ter competição”.

Por enquanto, a CMA segue investigando a negociação. E a gente segue de olho nos próximos capítulos desta novela.

Com informações: VCG

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