Todos merecem uma segunda chance: Slack traz projeto para atender à ex-presidiários; entenda

Mariana Souza

16 de agosto de 2022

Uma nova chance: Slack faz projeto que dá nova oportunidade de treinar ex-presidiários para trabalharem com tecnologia.

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Imagem: Mariana Souza/BIT

Segunda chance e redução de danos

Com um mercado aquecido, a tecnologia carece de profissionais que possam desenvolver serviços nas diversas áreas que existem – como Inteligência Artificial e o próprio metaverso.

Para poderem desenvolver ainda mais produtos, empresas estão focando em garantir que mais pessoas se profissionalizem.

Fora o fato de focar em questões da diversidade de gênero, racial e promoção de ações afirmativas para pessoas com renda baixa.

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Uma das empresas que enxergou uma nova oportunidade de mudar a vida de pessoas é o Slack, empresa que funciona como um workspace para empresas.

O Slack quer financiar e treinar ex-presidiários a desenvolverem uma nova carreira no mundo da tecnologia – por enquanto a iniciativa se limita aos Estados Unidos.

Em matéria para a Fast Company, o CEO da Slack,  Stewart Butterfield explicou que em 2018 ficou muito comovido com a história contada pelo advogado Bryan Stevenson – que defendia um homem que estava no corredor da morte.

Meses após a palestra que Butterfield presenciou, executivos do Slack visitaram uma prisão em San Quentin, Califórnia, e conheceram o projeto “The Las Mile”. Ele tem o objetivo de ensinar conceitos básicos de programação aos presidiários.

O grupo de executivos gostou da ideia e, num primeiro momento, desenvolveram o projeto “Slack For Goood” (que já existia desde 2015), que trazia pessoas sub-representadas para o mundo da tecnologia.

Agora, o foco está voltado para o projeto Next Chapter, que busca oportunizar estudo e trabalho para ex-presidiários dos EUA.

Next Chapter

Segundo a estatística norte-americana, a população carcerária do país ultrapassa 2 milhões de pessoas. O Next Chapter se conecta com programas como o The Last Mile, em busca de pessoas que para contato com a tecnologia.

Importante ressalva: vários presidiários não tiveram contato com a internet ou tecnologias mais avançadas – isso torna a recolocação no trabalho ainda mais difícil.

Entretanto, também é possível ingressar por um treinamento prévio. Após a aceitação como aprendiz, a pessoa começa um treinamento em um acampamento – claro, após o cumprimento da pena.

São três meses de treinamento intensivo e se concluído com sucesso, são colocados para tentar contratação com parceiros do Slack, como o Dropbox, por exemplo.

Caso consigam o cargo, começam a trabalhar nas equipes de engenharia das companhias. Ao longo do processo, são oito meses estudando com financiamento – primeiro uma ajuda de custo do Slack durante o acampamento, depois um salário da empresa em que estão aprendendo.

O Slack também se preocupa em sociabilizar os agora então desenvolvedores e trazer para cultura da empresa.

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