Última vez sob holofotes: ex-chefe de operações da Meta, Sheryl Sandberg e seu legado estranho

Mariana Souza

2 de agosto de 2022

Após 14 anos de casa, Sheryl Sandberg, quem ajudou Mark Zuckerberg a chegar onde está hoje, transformando a Meta com uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, se despede de sua posição-chave na organização.

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O Meta é a empresa que controla a rede social Facebook (Imagem: Dima Solomin/Unsplash)

Novos rumos para a Meta

Após 14 anos como COO (segunda na hierarquia da empresa), Sheryl Sandberg saiu de vez da Meta no dia primeiro de agosto.

Em junho deste ano, notícias de que Sandberg deixaria o cargo começaram a pipocar pela internet e seria substituída pelo diretor de crescimento Javier Olivan, embora nenhuma data específica tenha sido dada.

Em um novo documento, a Meta revelou que Sandberg finalmente deixou o cargo, porém, irá continuar como funcionária da companhia até 30 de setembro de 2022. A partir daí, será do conselho da companhia.

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A Meta está passando por um momento tenso, já que a empresa está enfrentando o primeiro declínio trimestral de receita da história da companhia.

Além do que, o escândalo sobre o vazamento de dados da Cambridge Analityca –  episódio que envolveu uma empresa de consultoria política do Reino Unido desviando dados do Facebook para prever e influenciar o comportamento dos eleitores por meio de anúncios direcionados – está voltando à mídia.

Após quase quatro anos de disputas legais, uma ação coletiva deu um passo mais perto no mês passado, quando foi confirmado que o cofundador e CEO Mark Zuckerberg e Sandberg teriam que depor. Depoimento pode durar até 11 horas.

A saída de Sandberg também vem junto de uma nova reestruturação da Meta, para conseguir enfrentar as outras ‘Big Techs’ que estão dando passos diferentes no metaverso – sendo o foco principal da Meta (inclusive no nome).

Zuckerberg também afirmou que mesmo o cargo de COO fique com Olivan, as funções não serão as mesmas, já que o novo COO ficará responsável pelos anúncios e produtos comerciais, além de liderar equipes focadas em “infraestrutura, integridade, análise, marketing, desenvolvimento corporativo e crescimento”, afirmou o CEO.

Rumores e legado ameaçado

Mesmo muito respeitada por Zuckerberg, Sheryl Sandberg tem passado por um momento de descrédito. Em matéria feita pelo Wall Street Journal, a agora ex-COO da Meta, Sandberg estava sendo investigada por advogados da empresa por tráfico de influência.

Sandberg teria supostamente feito funcionários dedicarem tempo e energia para fins pessoais – uma iniciativa filantrópica que Sandberg decidiu focar depois de sair da empresa.

Além disso, a ex-COO da Meta também estaria sendo investigada por usar de sua posição e de recursos da companhia para organizar seu casamento com o executivo de marketing, Tom Bernthal. Até agora, nenhuma das acusações chegou a um fim.

Mark Zuckerberg disse em publicação no dia primeiro de junho: “Olhando para o futuro, não pretendo substituir o papel de Sheryl em nossa estrutura existente,  já que ela é uma superestrela que definiu o papel de COO de uma maneira única.”

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