Vírus zumbi é descongelado por cientistas após 48 mil anos de inatividade

Leandro Kovacs

10 de março de 2023

Parece informação de filme de terror, mas não é. O descongelamento de calotas polares pode muito bem tornar, mais facilmente, todo esse tipo de história verdadeira. Com tudo isso, diversas coletas de espécies de vírus foram feitas e os cientistas buscam entender mais a fundo quais poderão ser os grandes desafios da humanidade para os próximos anos. Será que teremos epidemias, de fato, muito mais letais do que a última que atravessamos? Vamos entender um pouco mais sobre o mais novo patógeno descoberto por cientistas, o vírus zumbi.

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Cientistas encontram vírus adormecido

Cientistas encontram vírus zumbi adormecido – Imagem: Reprodução/Pixabay

A recente descoberta do vírus zumbi

Nas regiões mais congeladas do nosso globo, que também são as mais afetadas pelas questões climáticas de desgelo, existem inúmeras amostras conservadas por períodos absurdos de tempo. Podemos encontrar vestígios de matéria orgânica ou uma variedade enorme de causadores de doença (agentes infecciosos) que podem liberar verdadeiras epidemias dignas de filmes de terror. A mais recente descoberta nessas regiões está os tipos chamados “vírus zumbis”.

Como a ameaça funciona?

Cientistas e pesquisadores franceses descobriram uma espécie de vírus (desconhecido até então) com aproximadamente 48 mil anos de existência que estava conservado abaixo de camadas de gelo da Sibéria. A grande surpresa veio após a coleta e descongelamento da espécie em laboratório. Quando descongelado, o agente patógeno, bem mais velho que o ser humano como conhecemos, tomou uma atitude surpreendente e “ressuscitou”.

Como é possível afirmar isso? Ao “voltar a vida” ele conseguiu infectar uma ameba que estava no laboratório, conforme o próprio relato dos cientistas em estudo publicado. Apesar de toda a possibilidade perigosa contra a ameba, os pesquisadores afirmam não saber o potencial danoso do vírus em humanos.

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Eles não retiraram a importância da descoberta por isso, ressaltando ser um caso muito importante, onde a análise pelos cientistas para a segurança humana no futuro é fundamental:

“O estudo confirma a capacidade de grandes vírus de DNA que infectam a Acanthamoeba spp. [a ameba] de permanecerem infecciosos após mais de 48.500 anos passados ​​no permafrost [uma das camadas de solo congelado] profundo”.

O grande lance está na capacidade de se manter ativo e retornar a sua atividade após milênios oculto sob o gelo. O vírus zumbi não é uma espécie que transforma humanos em seres de ficção, mas são aqueles vírus que podem retornar a vida após seu período dado como “morto”.

Não é nada tão apocalíptico mexer com esse tipo de coisa. Os cientistas, assim como a ciência, precisam investigar os potenciais de danos trazidos por cada ameaça congelada. Basta pensarmos bem, é melhor estar prevenido contra possíveis infecções que dizimem nossa população ou esperar o desgelo fazer o seu trabalho naturalmente? Os humanos precisam sempre investigar o passado para prevenir danos futuros.

Com informação: Viruses.

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Leandro Kovacs
Escrito por

Leandro Kovacs

Leandro Kovacs é jornalista e radialista. Trabalhou com edição audiovisual e foi gestor de programação em emissoras como TV Brasil e RPC, afiliada da Rede Globo no Paraná. Atuou como redator no Tecnoblog entre 2020 e 2022, escrevendo artigos explicativos sobre softwares, cibersegurança e jogos. Desde então, atua como editor no Grupo Gridmidia.