A culpa é das estrelas: os dados do super telescópio James Webb estão errados?

Moyses Batista

21 de setembro de 2022

O Telescópio Espacial James Webb não saiu barato para a NASA, considerando que ficou em torno de US$ 10 bilhões para a sua construção, esse valor é o que se investiu nos últimos 25 anos. Então, como uma ferramenta tão cara e precisa como esta estaria passando informações erradas? Bem, as observações vieram do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

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dados da James Webb estão errados

Dados do James Webb estão errados – Imagem: Reprodução/Pexels

Calma! O James Webb não errou

Atualmente este satélite leva o título de mais poderoso e maior telescópio espacial que já lançamos. Assim, os feitos incríveis do James Webb até aqui, são dignos de um sucessor do telescópio Hubble. Por outro lado, um grupo de cientistas do MIT, fez um apontamento após uma série de análises:

“a análise de atmosferas de exoplanetas distantes pode ​​estar errada em uma ordem de magnitude. Há uma diferença cientificamente significativa entre um composto como a água estar presente em 5% versus 25%, que os modelos atuais não conseguem diferenciar”.

Também não é fácil apontar para os pesquisadores, pois, o estudo utiliza modelos de cálculos muito avançados, sendo necessárias diversas análises para estimar um possível erro.

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Acontece que o James Webb, que explora os cantos mais remotos do universo, “também faz medições das composições químicas das intrigantes estrelas, galáxias e nebulosas que vê”, como aponta o Space.

Quando estes dados chegam, todo um modelo de contas é utilizado para interpretá-los. Contudo, estudos recentes apontaram que não há tanta precisão nesse modelo que os pesquisadores usam.

É possível ser mais preciso ao analisar os dados?

O modelo atual apresenta uma margem que dá margem para interpretações diversas da mesma situação. O exemplo que os pesquisadores deram foi bem preciso e transmite de maneira mais simples a imprecisão dos modelos usados hoje, dizendo que eles:

“Não serão sensíveis o suficiente para dizer se um planeta tem uma temperatura atmosférica de 300 Kelvin [80 graus Fahrenheit/26 graus Celsius] ou 600 Kelvin [620 graus Fahrenheit/326 graus Celsius] , ou se um determinado gás ocupa 5% ou 25% de uma camada atmosférica.”

Um dos destaques dos pesquisadores é que não temos um modelo para traduzir as informações espaciais à altura dos dados que temos recebido do James Webb. Em relação ao modelo, os estudantes apontaram que existem possíveis melhorias para se fazer. Contudo, o principal ponto seria saber “perfeitamente como a luz e a matéria interagem”.

Fonte: Space

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