Alienígenas são fascínio humano, mas talvez não sejamos interessantes o suficiente para um contato

Mariana Souza

13 de dezembro de 2022

Um dos principais questionamentos da existência humana é se há vida fora da Terra. Muitos e muitos pesquisadores passaram anos tentando encontrar (e ainda passam) alienígenas pelo espaço. Agora, uma nova pesquisa questiona: talvez os ETs não estejam nem aí para isso.

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Talvez os alienígenas não queiram ser incomodados (Imagem: Alexander Andrews/Unsplash)

Alienígenas estariam ocupados demais para pensarem em nós

Em uma nova pesquisa escrita pelo pesquisador Amri Wandel, do Instituto Racah de Física da Universidade Hebraica de Jerusalém, ele coloca duas premissas básicas: “primeiro, talvez os alienígenas não se importem com vida em outros planetas; segundo, talvez eles só se importariam se detectasse vida inteligente.”

Claro que a primeira suposição sendo válida, seria garantida a ocorrência generalizada de planetas com uma “biologia” complexa, próxima à nossa. E, mesmo que exista vida inteligente pelo espaço, pode ser que não tenham recursos suficientes para esse tipo de viagem (assim como nós).

Além disso, o estudo também questiona se os meios que enviamos mensagens pelo universo (no caso, ondas de rádio, por exemplo), seria o mesmo meio em que organismos unicelulares ou pluricelulares conseguiriam decodificar.

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Ultimamente, a teoria de Wandel tem ganhado força, principalmente após encontrarem ainda mais exoplanetas nas extremidades de algumas galáxias distantes, “possuindo zonas habitáveis”.

Se este for o caso, por estarem em um local que supostamente tenham vários tipos de “vida”, não valeria a pena gastar tempo e raciocínio das civilizações mais avançadas checando o nosso tipo de planeta biótico (com vida).

Paradoxo de Fermi e detecção de vida fora daqui

Há uma teoria chamada Paradoxo de Fermi que coloca que é relativamente fácil garantir a vida inteligente no universo. Isso é devido à quantidade de planetas, estrelas, galáxias ser absurdamente gigante, ampliando a possibilidade matemática dessa existência. Isso provoca que, se ainda não nos encontramos, é porque estamos muito longe, ou porque não temos tecnologia suficiente.

Então, chega esta teoria de Wendel colocando mais uma variável nas possibilidades, caso haja vida inteligente, pode ser que ela não queira ser encontrada.

Já foi colocado que a forma mais fácil de encontrar essa vida inteligente fora daqui era por frequência de rádio, algo parecido com o que fazemos no Search for Extraterrestrial Intelligence (SETI, sigla em inglês que significa Projeto de Procura por Vida Extraterrestre Inteligente).

Há cerca de 100 anos a Terra envia este sinal, alcançado pelas 15 mil estrelas mais próximas, porém, somente as que estão a 50 anos-luz de distância conseguem responder com outro sinal. É um sinal até que pequeno para os padrões do universo, mas ainda é maior que zero.

A nova pesquisa questiona que, com os mais de 1300 sistemas de estrelas que poderiam ter respondido nosso sinal, talvez, eles só estivessem nos ignorando – ou simplesmente não achem que somos inteligentes. Então temos de fato uma pequena chance de sermos considerados muito primitivos por qualquer outra forma de vida.

Com informação: Inverse.

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