Após falar besteira, Kanye West pretende comprar a Parler, uma rede social de “liberdade de expressão”
17 de outubro de 2022
Tudo começou pelo rapper ter sido bloqueado no Twitter e no Instagram por comentários antissemitas. Agora, Ye (Kanye West) está comprando a rede social Parler, conhecida por ser “a rede social da liberdade de expressão”.
Kanye West (Imagem: Reprodução / Wikimedia Commons)
Parler e liberdade de expressão
O rapper e empresário, Kanye West (que mudou legalmente o seu nome para Ye no ano passado) decidiu fazer a compra da plataforma Parler, rede social que se autodenomina alternativa de “liberdade de expressão”.
Em comunicado feito pela empresa Parlement Technologies, dona da Parler, a companhia está em contato com Ye e o acordo deve ser fechado ainda este ano.
Para a imprensa, o rapper e empresário disse:
“Em um mundo onde as opiniões conservadoras são consideradas controversas, temos que nos certificar de que temos o direito de nos expressar livremente.”
Segundo a Parlement Technologies, a aquisição de Kanye irá ajudar a criar um “um ecossistema não cancelável, onde todas as vozes são bem-vindas”.
O mote da plataforma ser sobre “liberdade de expressão” ajudou que vários teóricos da conspiração conservacionistas fizessem parte da rede social, chegando a ser acusada de ajudar no planejamento do ataque ao Capitólio em 2021.
Depois do ocorrido, Google e Apple retiraram a rede social de suas lojas de aplicativos. Porém, a Parler concordou em moderar as postagens mais de perto e após este aceno, ambas as empresas reintegraram o aplicativo em suas lojas.
Após a aquisição de Ye, a Parlement Technologies afirmou que continuará a fornecer o “suporte técnico contínuo”, oferecendo serviços de armazenamento de “infraestrutura de nuvem privada e data center”.
O CEO da Parlement Technologies, George Farmer, disse:
“O acordo (com Kanye) irá mudar o mundo e mudar a maneira como o mundo pensa sobre a liberdade de expressão”.
Kanye West envolto em polêmicas
Farmer afirma que Kanye está “um passo à frente da narrativa da mídia legada”.
A Parler não é a única mídia social com a liberdade de expressão como base, a Truth Social, criada pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi iniciada em fevereiro deste ano, logo após Trump ser banido do Twitter após os ataques no Capitólio.
Kanye, aliás, apoiou Trump durante a corrida eleitoral. E por se sentir sem espaço para suas “opiniões”, fez o mesmo que o ex-presidente ao adquirir ao Parler, após ser banido do Twitter e do Instagram por comentários antissemitas.
Até Elon Musk chegou a conversar com Ye após os comentários antissemitas e expressar sua preocupação (o homem mais rico do mundo é conhecido por pedir, também, mais ‘liberdade de expressão’ nas plataformas).
Com informações: The Verge
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