Banco tradicional: Santander bloqueia pagamentos de criptomoedas; a moda vai pegar?

Moyses Batista

8 de novembro de 2022

As criptomoedas vivem em conflito ainda com as instituições financeiras. Dessa vez, o banco Santander do Reino Unido anunciou que deve bloquear pagamentos em tempo real para exchanges. A mudança deve entrar em vigor a partir do próximo ano.

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Santander no Reino Unido

Santander no Reino Unido – Imagem: Reprodução/Freepik

Por que o Santander fez isso com as criptomoedas?

A princípio, a sensação que vem é a de retaliação ou perseguição às criptomoedas. Por outro lado, a instituição financeira se manifestou, alegando que isso é uma medida de proteção para seus clientes.

Enquanto o novo recurso para proteção não chega, o banco vai adotar um conjunto mais limitado de restrições, como destacou o Decrypt. A medida deve prevenir as pessoas de golpes envolvendo criptoativos e, pensando bem, esta é uma preocupação importante. Até porque, anualmente, os números com golpes não param de crescer.

Embora as novas regras cheguem para bloquear pagamentos em tempo real, elas não devem afetar, neste primeiro momento, os saques dos clientes. Um porta-voz do Santander informou:

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“Nos últimos meses, vimos um grande aumento de clientes do Reino Unido se tornando vítimas de fraude de criptomoedas […]. Queremos fazer tudo o que pudermos para proteger nossos clientes e sentimos que limitar os pagamentos às exchanges de criptomoedas é a melhor maneira de garantir que seu dinheiro permaneça seguro.”

Tudo pela proteção contra fraudes

Vale destacar que isso não muda a relação do Reino Unido com a Binance, onde a corretora foi proibida de operar desde 2021. A FCA alegou que a empresa “não é capaz de ser efetivamente supervisionada”. Por negociar, o que consideraram “produtos financeiros complexos e de alto risco”, acharam que havia um risco real para os interessados.

O Santander está seguindo a abordagem cautelosa da FCA em relação às criptomoedas. Além disso, a FCA já anunciou em agosto de 2022, planos para dar reforço às regras sobre publicidade de criptoativos. O objetivo é deixar o mais próximo possível dos regulamentos de outros ativos, como ações, por exemplo.  

O banco integra um grupo de cerca de 47% das instituições financeiras no país, que decidiram adotar uma abordagem proibitiva às transferências de criptomoedas. Estamos falando de um grupo de renome, com o HSBC, o TSB Bank e o Lloyds. Mas há também um lado de instituições que estão abordando as moedas digitais de forma mais aceitável.

Com informações: Decrypt

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