Conheça a história dramática da nebulosa de Órion, morte e renascimento são observados “de perto” por cientistas

Mariana Souza

5 de dezembro de 2022

Uma das nebulosas formadoras de estrelas mais próximas da Terra está mostrando os efeitos que estrelas massivas como essas podem ter na região que habitam. A Nebulosa Órion é um fenômeno a ser muito bem observado pelos cientistas.

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Imagem em infravermelho da Nebulosa de Orion (Crédito da imagem: ESA/NASA/JPL-Caltech)

Imagem em infravermelho da Nebulosa de Orion (Crédito da imagem: ESA/NASA/JPL-Caltech)

Nebulosa próxima da Terra está revelando mistérios sobre estrelas

Um berço de estrelas que fica próximo à Terra está ajudando cientistas a descobrirem mais sobre os mistérios do universo, esta é a Nebulosa Órion, uma das mais próximas do nosso planeta.

A captura de imagens consegue mostrar a transformação que ocorre por lá quando estrelas massivas morrem na região. Elas deixam “tijolos” (poeira estelar e outros elementos) para a “construção” de novas estrelas.

As imagens foram criadas por meio do aposentado Telescópio Spitzer da NASA, agora conhecido como NEOWISE (Wide-Field Infrared Survey Explorer, “Explorador de pesquisa infravermelho de campo amplo”, em tradução livre). Pegaram dados do também aposentado Observatório Espacial Herschel da Agência Espacial Européia para análise.

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Órion é o nome dado à constelação em homenagem ao caçador grego, morto pela picada de um escorpião. Assim como o nome da constelação que faz parte, a nebulosa também tem uma história digna da mitologia grega.

Cerca de 1300 anos-luz de distância existem duas cavernas gigantescas, esculpidas por estrelas gigantes, que estão escurecidas por conta da poeira estelar.

Elas emitem milhões de vezes mais radiação que o sol, quebrando ainda mais as partículas de poeira e criando estes vazios em volta da nebulosa.

Imagens de vida e morte

As imagens feitas mostram filamentos alaranjados que exemplificam a vida e a morte destas estrelas. Dentro destes filamentos há materiais explosivos que podem criar supernovas, diz o comunicado da NASA:

“Entre as duas regiões ocas estão filamentos laranja onde a poeira se condensa e forma novas estrelas. Com o tempo, esses filamentos podem produzir novas estrelas gigantes que mais uma vez remodelarão a região.”

Depois, as novas estrelas irão injetar uma enorme quantidade de radiação no espaço, explodindo as mesmas nuvens de poeira que estavam em volta e recomeçando tudo de novo.

O Telescópio Spitzer da NASA foi aposentado em 2020 após 17 anos de árduo trabalho coletando dados enquanto observava o universo em infravermelho. Ele foi o responsável por descobrir um anel gigante ao redor de Saturno e desvendar galáxias distantes da Terra.

Junto dos dados da missão NEOWISE, outros como número de galáxias, distância, estrelas, asteroides e composições estão sendo verificados.

Com informação: Space.

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