Covid: novas variantes ainda mais letais ameaçam o Brasil
Estudos identificaram a existência de uma variante ainda mais letal da Covid, sugerindo o possível retorno da obrigatoriedade das máscaras.
Apesar de várias localidades do país já terem liberado o uso de máscara facial de proteção, item que por quase dois anos se tornou um acessório obrigatório, ela poderá voltar para a rotina do brasileiro. Isso porque um estudo realizado pelo Instituto de Ciências Biomédicas e o Instituto de Química da Universidade de São Paulo identificaram a existência de uma variante ainda mais letal da Covid.
O alerta foi emitido por uma das autoras do estudo, Cristiane Guzzo, durante uma entrevista concedida à revista Galileu. Na oportunidade, ela deu a seguinte declaração:
“Estamos em uma situação confortável para os próximos meses, quando a imunidade induzida pelas doses de reforço das vacinas e pela grande disseminação da variante ômicron ainda estará alta”.
Mas, depois, a tendência é que as pessoas comecem a se infectar novamente e ficaremos sujeitos ao surgimento de variantes ainda mais contagiosas e fortes do que as já conhecidas, o que diminui a eficácia das vacinas.
Relevância da vacina da Covid
Portanto, é importante estar ciente sobre a duração da imunidade fornecida pelas vacinas desenvolvidas a caráter de emergência. Não é à toa que as as vacinas contra a Covid aplicadas na população atualmente requerem a aplicação de mais de uma dose, justamente para a proteção das variantes existentes.
No entendimento da pesquisadora, como não há meios de previsão da evolução da pandemia e do comportamento de novas variantes, todo cuidado é crucial para evitar a disseminação do vírus.
Porém, visando aprimorar cada vez mais o entendimento sobre o tema, a pesquisa já reúne dados oriundos de mais de 150 artigos a respeito da Covid, analisando as várias facetas das mutações, capacidade de burlar o sistema imunológico, a transmissão e a eficácia das vacinas.
Conforme apurado, as mutações do Sars-CoV-2 afetam, sobretudo, a região N Terminal [NTD] da proteína, visando o impacto na capacidade dos anticorpos de reconhecimento do vírus.
Outro fator interessante é a capacidade de transmissão do vírus, tendo em vista que 7,7% das mutações afetam a região de interação entre a proteína spike e o receptor ACE2 das células com o propósito de elevar a capacidade de contaminação, enganando o sistema imunológico para que a Covid não seja reconhecida, reduzindo a proteção oferecida pelas vacinas.
A descoberta está diretamente associada ao aumento de casos junto ao recorde de mortes na China, indicando a chegada de uma nova onda da pandemia da Covid. Neste cenário, a principal causa será a adaptação das novas variantes ao organismo humano para fomentar o ritmo de transmissão, que pode ser adiantado em até dois dias por meio da variante Delta em comparação à cepa original do vírus.
O que você achou? Siga @bitmagazineoficial no Instagram para ver mais e deixar seu comentário clicando aqui
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR e Bit Magazine, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças e tecnologia.