Democracia plena? Órgão regulador do caso Activision Blizzard e Microsoft pede opinião do público

Hugo Cruz

24 de outubro de 2022

Mesmo após a segunda fase das investigações, e vários depoimentos, a Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido, CMA, ainda não conseguiu chegar a uma decisão e agora pede opinião do público sobre a aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft.

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Sem conseguir chegar a uma decisão, CMA pede opinião do público sobre aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft - Imagem: Sam Pak on Unsplash

Sem conseguir chegar a uma decisão, CMA pede opinião do público sobre aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft – Imagem: Sam Pak on Unsplash

Documento informa sobre andamento das investigações

A notícia foi dada em um post oficial no site do governo do Reino Unido, onde o órgão explica a fundo como as investigações estão funcionando.

Na postagem, publicada no dia 20 de outubro (quinta-feira), o CMA não trouxe muitas novidades, o órgão só confirmou que o seu objetivo é apenas analisar o impacto que a compra da Blizzard pode ter no mercado, principalmente como isso pode afetar os assinantes de serviços rivais do Xbox, além de algumas outras coisinhas.

Se não encontrarmos problemas de concorrência, o negócio pode prosseguir conforme planejado. Se encontrarmos problemas de concorrência, decidiremos como eles devem ser remediados. Por exemplo, isso pode incluir a venda de parte do negócio ou a proibição total da fusão”, disse o CMA no post.

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Essa confirmação se faz necessária, uma vez que a Microsoft já o acusou de ter ideias muito alinhadas com as da Sony, sua maior rival no segmento de jogos e empresa que mais está pressionando para que a aquisição não aconteça.

Mas um detalhe chamou muito a atenção do público, uma seção do artigo onde o órgão pede o feedback do público sobre o caso.

CMA pede opinião do público para resolver caso

Nessa seção, intitulada de “When you can get involved” (“Quando você pode se envolver” em tradução livre para português) o CMA explica que na segunda fase da investigação o público tem duas maneiras de participar do caso.

A primeira é respondendo à recente “declaração de problemas” que o governo criou com diversas teorias sobre as implicações da aquisição, o documento ao qual o público deve responder pode ser encontrado aqui.

Já a segunda, é responder às descobertas provisórias da segunda fase de investigação, onde serão listadas também possíveis soluções para estes problemas.

O órgão diz que, provavelmente, não terá como ler e responder a todos os comentários que vai receber, devido ao número gigantesco de mensagens, mas que qualquer pessoa interessada em ajudar no caso pode responder ao e-mail [email protected].

Evidências e opiniões devem ser enviadas por e-mail para [email protected]

Se você deseja fornecer anexos, certifique-se de que eles estejam nos formatos Word, Excel ou PDF pesquisável.

Ajudará a equipe se você puder indicar qualquer material confidencial (incluindo se deseja ficar anônimo) e fornecer uma versão não confidencial (redigida) de seu envio, justificando seus pedidos de confidencialidade, pois podemos publicar alguns ou todos os seus submissão.

Pelo andar da carruagem, e as datas fornecidas pelo CMA, só devemos ter uma resposta definitiva sobre o caso em março de 2023, não adianta ter pressa, ainda tem muita coisa para acontecer daqui até lá.

Fonte: GOV.UK

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Hugo Cruz

Redator Profissional, Comunicador Social e especialista em Produção de Conteúdo Web. Formado em Letras - Inglês e Administração. CEO da Agência Digital Comunicalize.