Meta não quer nem saber e processa empresas brasileiras por engajamento falso

Hugo Cruz

18 de agosto de 2022

Ter vários seguidores nas redes sociais é sinônimo de poder e influência e muitas pessoas estão dispostas a pagar por isso. A Meta, empresa dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou estar processando, pela primeira vez, duas empresas brasileiras por estarem praticando a venda de seguidores falsos no Instagram, no que ela chamou de “engajamento falso”.

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venda de seguidores no Instagram

A Meta está processando duas empresas por venda de seguidores e engajamento falsos no Instagram! (Imagem: Obi – @pixel6propix on Unsplash)

Meta processa empresas brasileiras por venda de seguidores no Instagram

Segundo a empresa, as empresas MGM Marketing Digital LTDA e Igoo Networks Eireli Me, violaram o ToS (termos de uso e serviço) da plataforma ao vender curtidas, visualizações e até seguidores para seus clientes, outros perfis do Instagram.

E não deu em outra! Ao descobrir as atividades das empresas infratoras, a Meta decidiu então abrir um processo judicial contra elas.

Segundo os relatos, as empresas eram conhecidas por nomes como “InstaBrasil”, “SMM Revenda” e “Seguidores Brasil”, entre outros. Esse é o primeiro processo do tipo que a empresa abre de forma direta no Brasil.

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Além da venda de engajamento, alguns dos serviços solicitavam as credenciais de login de usuários do Instagram”, disse a diretora jurídica da Meta, Jessica Romero, em um comunicado da empresa.

Andamento do caso

O G1, que teve acesso aos arquivos dos processos e confirmou que as ações estão transitando na e 2° Vara Empresarial e de Conflitos de Arbitragem, São Paulo, sob a supervisão do juiz Luis Felipe Ferrari Bedendi.

No dia 10 de agosto, quarta-feira da semana passada, as acusações às empresas foram consideradas de caráter grave, tendo 5 dias para dar um parecer sobre o caso (se forem dias úteis, o prazo acabou hoje).

Em uma nota, a Meta afirmou estar fazendo tudo ao seu alcance para banir as empresas de usarem as suas plataformas permanentemente, mas as contas das infratoras já foram desativadas.

O problema é maior que parece

Esse tipo de serviço nas redes sociais não é uma novidade. Há anos empresas como a Meta e o Twitter vem lutando uma batalha quase perdida contra bots e contas falsas. Em uma boa parte dos casos oferecendo serviços como esses.

Só para se ter uma ideia, além do processo que aberto contra a MGM Marketing Digital LTDA e a Igoo Networks Eireli Me, a empresa de Zuckerberg também enviou cerca de 50 notificações extrajudiciais para outras empresas brasileiras, com suspeita de realizar atividades parecidas no Facebook e Instagram.

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Hugo Cruz

Redator Profissional, Comunicador Social e especialista em Produção de Conteúdo Web. Formado em Letras - Inglês e Administração. CEO da Agência Digital Comunicalize.